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Com quase R$ 300 bi, negócios com consórcios crescem 25%

Participantes ativos batem novo recorde: 10,28 milhões, em novembro, e consórcios injetam potencialmente mais de R$ 77 bilhões em setores da economia nacional, de janeiro a novembro
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Com crescimento constante, os negócios do Sistema de Consórcios atingiram R$ 293,62 bilhões, 25,6% acima dos R$ 233,73 bilhões de um ano atrás. De janeiro a novembro, as vendas de novas cotas acumularam 3,87 milhões de adesões, alcançando 6,8% de alta sobre as 3,63 milhões comercializadas no mesmo período em 2022. Novamente, a soma confirmou que não há correlação entre a crescente demanda das adesões e a decrescente taxa de juros, 12,25% em novembro, da Selic.

Os participantes ativos do Sistema de Consórcios bateram novo recorde de 10,28 milhões, em novembro. Após superar a marca de dez milhões em outubro, a modalidade registrou novo aumento, com 10,4% sobre os 9,31 milhões de consorciados ativos.

No total de 10,28 milhões de consorciados, o mecanismo obteve aumentos de 21,1% em veículos pesados; 17,0% nos imóveis; 11,2% nas motocicletas; 7,4% nos veículos leves; 7,2% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e somente uma retração de -14,3% em serviços.

Com mais de sessenta anos de existência, o mecanismo seguiu marcando presença nos vários segmentos da economia, contribuindo diretamente para o crescimento de vários setores, além de propiciar a concretização de objetivos pessoais e metas empresariais.

De janeiro a novembro, ponderados os seis principais indicadores do Sistema de Consórcios, quatro assinalaram altas nos percentuais das adesões: imóveis, com 19,9%; veículos leves, com 13,0%; motocicletas, com 4,7%, e veículos pesados, com 2,7%. Os dois setores que apresentaram retração foram: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com -56,8%; e serviços, com -24,0%; que, mesmo menores, não interferiram no crescimento geral de 6,8%.

Neste mesmo período, o volume de contemplações totalizou 1,49 milhão de cotas e superou em 8,0% as 1,38 milhão, verificadas em 2022.

Os créditos disponibilizados para os consorciados contemplados, somados nos onze meses deste ano, apontaram alta de 23,8% sobre os mesmos meses de 2022. Foram injetados R$ 77,29 bilhões nos diversos segmentos de mercado, onde o mecanismo está presente, segundo levantamento da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Há um ano, a soma era de R$ 62,45 bilhões.

Paralelamente aos constantes recordes em consorciados ativos, notou-se aumento no valor do tíquete médio geral, apesar da redução em alguns setores, especialmente em razão de grande número de cotas comercializadas ter apresentado valor abaixo das médias setoriais. O tíquete médio de novembro atingiu R$ 83,93 mil, 40,0% acima dos R$ 59,95 mil constatados naquele mesmo mês do ano passado.

Ao considerar o comportamento do tíquete médio de novembro nos últimos cinco anos, verificou-se aumento nominal de 71,3% na evolução dos valores médios registrados. Ao descontar a inflação (IPCA) de 28,71% do período, na relação da diferença de R$ 49,00 mil verificada em novembro de 2019, para R$ 83,93 mil, no mesmo mês de 2023, houve valorização real de 33,1%.

Nos primeiros anos da década de 60, o cenário vivido no início da indústria automobilística, por ocasião da criação do Sistema de Consórcios, era pautado pela inexistência de linhas de crédito para aquisição dos primeiros automóveis. Desta forma, o consórcio tornou-se a alternativa para o consumidor. Tanto naquela época como atualmente, além de propiciar a realização dos objetivos dos consorciados, o mecanismo auxilia no planejamento industrial dos mais diversos setores da economia onde está presente, reafirmando sua contribuição ao desenvolvimento econômico do país.  

Após alguns anos, o consórcio passou a estar presente em mais setores como, por exemplo, o das duas rodas que, nos onze meses de 2023 as contemplações apontaram a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a potencial presença esteve também em um a cada três veículos leves vendidos no país.

Um outro exemplo de participação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, onde a modalidade marcou quase uma a cada três comercializações de caminhões negociados para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes com destaque especial para utilização no agronegócio.

A forte presença dos consórcios na economia brasileira pode ser comprovada pelos totais de créditos concedidos. Nas liberações acumuladas de janeiro a novembro, o Sistema atingiu 35,6% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 44,0% de possível participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 34,8%, no período.

No segmento imobiliário, somente em dez meses deste ano, as contemplações representaram potenciais 17,4% de participação no total de 504,24 mil imóveis financiados, incluindo recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e os consórcios. Aproximadamente um imóvel a cada seis comercializados.

“Às vésperas do final de 2023, os indicadores do Sistema de Consórcios em novembro confirmam o consistente crescimento observado ao longo do ano”, diz Rossi. “A crescente evolução ratifica que os avanços sobre dados passados de vendas de novas cotas, tíquete médio e, consequentemente, de negócios realizados, independente da alta ou da baixa do percentual da taxa de juros – com destaque para os valores concedidos e injetados na economia por ocasião das contemplações -, possibilitam estimar boas perspectivas para dezembro”, projeta.

Para o próximo ano, considerando os dados divulgados pelo Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea, a estimativa para o PIB de 2024 deve ficar em um patamar de 2,0%. Essa previsão traz muito otimismo para o consumidor brasileiro, resultando em boas manifestações econômicas para o futuro.

Trata-se de um cenário nacional que aponta boas perspectivas macroeconômicas, especialmente em razão das políticas de incentivo social promovidas pelo governo, como transferência de renda e renegociação de dívidas das famílias de baixa renda, o que vem resultando na melhoria do poder de compra da população, bastante positivo para o país.

 

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