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Marcas investiram R$ 100 bi em experiências durante 2023

Números são do Índice Promoview publicado no Anuário Brasileiro de Live Marketing e reúne informações dos investimentos para a participação de marcas em eventos promocionais, corporativos e ativações desde o planejamento até a entrega final
Marcas investiram R$ 100 bi em experiências durante 2023
Marcas investiram R$ 100 bi em experiências durante 2023
Imagem: Marcas investiram R$ 100 bi em experiências durante 2023
Marcas investiram R$ 100 bi em experiências durante 2023

Em 2023 o setor que reúne agências e fornecedores especializados na execução das ações sob o conceito “experiências de marcas” apresentou forte crescimento em relação a 2022. A pesquisa índice Promoview Yumpu publicada no site Live Marketing Magazine, apontou este crescimento e os investimentos neste tipo de ação de marketing que atingiram a casa dos R$ 100 bilhões de reais por parte das empresas que utilizam estas ferramentas para construção de marcas, produtos e serviços. 

A metodologia usada na pesquisa foi de entrevista via formulário com 100 agências do setor das regiões sul, sudeste e nordeste além de 20 entrevistas via call por amostragem com diretores de agências das mesmas regiões. As agências de SP foram divididas em grupo por faturamento até R$ 5 mi/ano, até R$ 20 mi/ano, R$ 50 mi/ano, até R$ 100 mi/ano e acima de R$ 100 mi/ano. As agências das demais regiões integraram um grupo único sem barreira de faturamento.

A publicação da pesquisa é do Anuário Brasileiro de Live Marketing, da plataforma Promoview, que atua neste setor desde 2006 e reúne os agentes responsáveis pela criação e execução de ativações e eventos corporativos, ações promocionais e outras atividades que envolvem experiências dos stakeholders com marcas nos mais variados ambientes desde o digital até o presencial.

Os números envolvem o investimento nas seguintes atividades:

Eventos corporativos, promocionais, estandes em feiras, ativações em festivais e outros incluem: investimento em cotas de patrocínio, compra de espaços (m2), aluguel do espaço (locais), projetos cenográficos, execução de projetos em marcenaria, projetos de arquitetura e de engenharia civil, eletrônica e digital, equipamentos de áudio, luz, captação de imagens e suítes de corte, painéis de LED, sistema de credenciamento, RSVP, serviços fotográficos, radiocomunicação, cenografia em marcenaria, mobiliário, paisagismo, VTs e reuniões diversas, alimentos e bebidas adquiridos no varejo ou retirados de estoques para degustação, recursos tecnológicos, geração de energia, despesas com neutralização de carbono, atrações artísticas, cachês artísticos, de staff, de promotores e recepcionistas, de produtores, tecnicos, assistentes, compra de brindes e gifts, limpeza, segurança, ECAD e seguros.
Não incluídos: bilhetes aéreos e despesas de deslocamento e hospedagem para convidados e participantes

Sorteios e concursos incluem: planejamento e criação de ação promocional ao consumidor na modalidade sorteio, “junte e troque”, “compre e ganhe” e outras desta natureza e incluem despesas de planejamento, criação, autorizações legais, aquisição de brindes e prêmios, recolhimento de impostos, compra de mídia, ferramentas de atendimento ao consumidor e logística.

Campanhas de incentivo incluem despesas com o uso de ferramentas, ações de motivação interna nas instalações das empresas, aquisição de prêmios materiais e despesas com grupos incluindo aéreo, transfer, hospedagem, alimentação, tickets para espetáculos e entretenimento e gastos eventuais.

De acordo com o site “Nosso Meio” o valor apurado é o maior desde que a medição foi iniciada pela AMPRO – Associação de Marketing Promocional em 2003, mas não surpreende os especialistas. Após ser totalmente paralisado em 2020, o segmento de ações promocionais e eventos, que dependia de aglomerações para ser realizado, ressurgiu ainda mais forte no pós-pandemia

“Os executivos de marketing perceberam a importância do brand experience para construção de marcas numa jornada que começa no on-line, mas que não funciona sem uma ação presencial. Por isso os investimentos em estruturas físicas dispararam”, explica Julio Feijó, editor do Anuário e diretor executivo da pesquisa. “As ativações presenciais aliadas ao digital formam o vetor de eficiência da nova comunicação”, continua o especialista da área de Live Marketing, que explica o fenômeno.

“A experiência ao vivo – que é o que todo mundo busca – é a melhor forma de marcas e produtos obterem atenção das pessoas para transmitirem seus valores. E o digital, principalmente pelas redes sociais, amplifica organicamente. É a tempestade perfeita”, explica Feijó.

Reportagem do site Meio&Mensagem mostra que os encontros “olho no olho” das marcas com as pessoas ocorrem nos mais diversos ambientes. Os exemplos mais recentes foram nos grandes festivais como o The Town onde os espaços das marcas viraram atrações à parte no ambiente dos shows.

Mas todas as ocasiões são aproveitadas. O calendário de eventos do Ministério do Turismo mostra que  o número de eventos e festividades cadastradas cresceu 254%, incentivando ações das marcas nos camarotes de carnaval, eventos esportivos e corporativos, que fidelizam e empoderam, nas promoções, que fazem o estoque girar, os programas de incentivo, que sinalizam prêmios desejados para equipes comerciais e/ou parceiros de negócio e mais uma infinidade de ações que envolvem stakeholders.

Tudo isso, junto ou separado, contribui diretamente para aquecer negócios, gerar vendas e sobretudo fidelizar consumidores. Para o especialista independentemente do formato, os eventos de todos os tipos, feiras de negócios, ativações e uma variedade imensa de atividades para visibilidade de marcas e interação com seus stakeholders voltaram com tudo neste último ano, o que gerou uma oferta de briefings como nunca se viu com as casas e espaços de eventos sem datas, camarotes em estádios com filas de espera além dos custos de serviços diversos e mão de obra com elevação acima dos 50%.

Mesmo assim Feijó vê um grande espaço para crescimento, mas alerta que o setor precisa de organização. “Uma indústria deste porte deveria ser melhor observada pelos contratantes e pelo governo. Do lado dos contratantes, vemos clientes realizando concorrências predatórias, distante dos conceitos de ESG. E do outro, uma legislação que desfavorece a atividade que emprega milhões de pessoas em todo o país”, completa Feijó, sugerindo mais interação entre os agentes do mercado. “O melhor caminho é a soma de esforços e um diálogo mais amplo para melhorias deste mercado que deve dobrar de tamanho nos próximos quatro anos”, conclui.

Para mais informações sobre a pesquisa e os números acesse a edição digital do Anuário Brasileiro de Live Marketing.

MaceióBrasil