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Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP promove o Dezembro Laranja

Campanha faz alerta à população. Dados do Ministério da Saúde apontam que o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a aproximadamente 30% de todos os tumores malignos
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - SBCP promove o Dezembro Laranja
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP promove o Dezembro Laranja
Imagem: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP promove o Dezembro Laranja
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP promove o Dezembro Laranja

Dezembro Laranja é uma campanha importante de alerta, prevenção e detecção precoce do câncer de pele. Entidades públicas e privadas de saúde unem-se para enfatizar os riscos associados à exposição solar inadequada e promover práticas saudáveis para a proteção da pele.

Com a incidência crescente dessa condição no país, que segundo dados do Ministério da Saúde corresponde a aproximadamente 30% de todos os tumores malignos registrados, é fundamental que a população esteja ciente dos sinais, adote medidas preventivas e procure assistência médica quando necessário.

Segundo o cirurgião plástico Eduard Brechtbühl, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e do Núcleo de Câncer de Pele do AC Camargo Câncer Center, a prevalência desse tipo de neoplasia em países tropicais como o Brasil e subtropicais dá-se pela intensa exposição aos raios solares e pelo índice da população de pele mais clara em algumas regiões. 

“Nos estados do Norte do país, por conta da população apresentar um fototipo de pele mais alto, a prevalência do câncer de pele é menor. Já nos estados do Sul, onde a população tem a pele clara, apesar de mais distante da linha do Equador, a prevalência é maior”, explica Brechtbühl. O fototipo é a característica que diz respeito à resposta da pele à exposição solar, levando em consideração a quantidade de melanina presente. A classificação do fototipo ajuda a compreender como a pele reage à radiação ultravioleta (UV) e, consequentemente, a determinar quais precauções são necessárias para evitar danos causados pelo sol.

De acordo com o médico, a exposição solar intensa, principalmente nos primeiros anos de vida, é um fator de risco para o desenvolvimento de lesões de pele no futuro, principalmente para biotipos de pele e olhos claros, pessoas com histórico pessoal ou familiar de câncer de pele ou múltiplas lesões pigmentadas (pintas pelo corpo), principalmente se forem atípicas. Para esses casos o médico indica atenção redobrada.  

“O risco genético, com histórico familiar ou múltiplas pintas, não tem como controlar. No entanto, o ambiental pode ser administrado, ou seja, utilizar filtro solar sempre. Para os indivíduos suscetíveis (pele, olhos e cabelo claros), a melhor forma de cuidar da pele é unir o filtro superior a 30 FSP e roupas com proteção UV. Já as pessoas de risco, com histórico genético, além desses cuidados, devem ser acompanhadas por um especialista e realizar exames específicos para o diagnóstico mais precoce possível das lesões em desenvolvimento”, orienta o médico.

A campanha Dezembro Laranja, uma iniciativa da SBCP, vem para conscientizar a população dos cuidados essenciais com a pele durante o verão e, também, para lembrar que a proteção solar é recomendada pelos especialistas durante todo o ano, a todos os tipos de pele. 

“Uma queimadura solar na infância aumenta quatro vezes o risco de desenvolver câncer de pele na fase adulta. A melhor medida preventiva é a fotoproteção. O filtro solar superior a 30 FPS é um método eficaz desde que usado corretamente, ou seja, reaplicado a cada 4 horas. Além disso, reforço a necessidade das vestes com proteção UV. Nos meses mais frios, proteger o rosto e mãos. No verão, é importante aplicar o produto em todas as áreas expostas e repetir o uso no período recomendado. Em um cenário de sol agressivo, roupas com proteção UV sempre”, salienta Brechtbühl.

Em caso de lesões pelo corpo, o médico recomenda atenção e a busca por assistência profissional o mais breve possível. “Lesão que sangra, cresce ou muda de características e dura por um período superior a 4 semanas é suspeita e deve ser imediatamente investigada e avaliada por um especialista. Os carcinomas são as lesões mais comuns, em geral róseas ou avermelhadas, às vezes crostosas ou nodulares como uma bolinha e coçam. Do mesmo modo, lesões pigmentadas (pintas), que sejam assimétricas, tenham bordas irregulares, com mais de uma cor ou diâmetro acima de 6mm, também são suspeitas”. “O diagnóstico precoce é extremamente eficiente. No caso do câncer de pele, gera altos índices de cura, superiores a 95%. O câncer de pele está na pele. Parece óbvio, mas isso ajuda a detecção. A pessoa deve ficar atenta e procurar um especialista caso tenha as suspeitas mencionadas. A vantagem é que o diagnóstico está a apenas uma consulta de distância”, finaliza o cirurgião.

MaceióBrasil