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Nordeste: estudo inédito traz dados sobre consumo, xenofobia e representatividade

Meu Nordeste Todo é um estudo inédito de representatividade nordestina feito pela pesquisadora potiguar Juliana Freitas em parceria com Thaís Ribeiro. Nele, entrevistam mais de 265 nordestinos e mostram o que moradores dos 9 estados pensam da representação, além de ícones que os representam (que incluem o Rei do Baião, Juliette, Ivete), visão da xenofobia, visibilidade na mídia, consumo de notícias, eventos e orgulho de ser nordestino(a).
Nordeste: estudo inédito traz dados sobre consumo, xenofobia e representatividade
Nordeste: estudo inédito traz dados sobre consumo, xenofobia e representatividade
Imagem: Nordeste: estudo inédito traz dados sobre consumo, xenofobia e representatividade
Nordeste: estudo inédito traz dados sobre consumo, xenofobia e representatividade

Em uma pesquisa inédita desenvolvida pela potiguar Juliana Freitas em parceria com a jornalista Thaís Ribeiro, Luiz Gonzaga, Juliette e Alceu Valença são apontados como figuras públicas que mais representam a cultura nordestina. “Meu Nordeste Todo” aponta caminhos para a criação de ações de publicidade e foi elaborado através da plataforma v-tracker, uma importante ferramenta de monitoramento de dados ou social listening.

Realizada em outubro com pessoas que declararam residir em um dos nove estados da região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe), a análise teve a participação de mais de 265 pessoas de todas as faixas etárias com o objetivo entender a representatividade nordestina através do olhar dos próprios habitantes da região.

“Costumo dizer que o dado zero também é um dado. E na posição de profissional e pesquisadora de comunicação, eu procurei e não encontrei os dados do Nordeste sobre ele mesmo. Pode até existir muito conteúdo, mas raramente sobre o que ele pensa de si mesmo. O time v-tracker concordou em expandir a pesquisa por todo o Brasil e forneceu sua ferramenta v-ask para investigar, o que foi rico e proporcionou uma base para o lançamento do estudo”, declara Juliana Freitas.

O levantamento apresenta, além do perfil demográfico, percepções sobre a preservação e valorização da cultura nordestina, divulgação nos meios de comunicação, consumo de programação cultural e comentários negativos sobre a área.

“Enquanto o povo da região nordestina é frequentemente estereotipado como desaculturado, ignorante e carente de referências, ele, na verdade, consome e promove a cultura local. Cerca de 95% das pessoas participam de eventos culturais”, destaca a pesquisadora potiguar.

“O Brasil desconhece as diversas realidades existentes. E é crucial conhecê-las. E, acima de tudo, não se trata do Nordeste como um bloco homogêneo, mas sim do Nordeste composto por estados e dialetos diferentes, basicamente um mosaico”, conclui a pesquisadora.

“Meu Nordeste Todo” aponta que o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, é o maior representante da cultura nordestina na mídia hoje, de acordo com os respondentes. A cantora Juliette aparece em segundo lugar, por estar presente na mídia nacional e redes sociais. Dentre os 16 nomes citados, dez são do segmento musical, (tais como Ivete Sangalo, Alceu Valença e Elba Ramalho com 8% cada), três são humoristas (Tiririca, Whindersson e Renato Aragão), duas são figuras históricas (Lampião e Maria Bonita) e um é ator (Lázaro Ramos). 

O levantamento aponta ainda que 95% frequentam eventos de cultura da região (independentemente de sua frequência), enquanto apenas 5% nunca participam deles.

Repercussão 

“Meu Nordeste Todo” tem sido noticiado em jornais e blogs, principalmente da região Nordeste destacando o ineditismo e a importância da publicação. Nas redes sociais, pesquisadores e comunicadores têm compartilhado avaliações positivas sobre os dados apontados. 

“As pesquisas como a da Juliana Freitas favorecem o entendimento sobre assuntos importantes”, relata um usuário no LinkedIn, plataforma de mídia social focada em negócios e emprego.

“Importante demais ter esses dados, um ponto de partida e referência! Assim como é importante que as marcas e agências tenham times plurais que possam falar de um Brasil que vai além do que se vê no eixo que todo mundo sabe qual é, para que tenhamos comunicações e campanhas menos engessadas em achismos ensimesmados. Parabéns pelo estudo, muito bacana os insights”, comenta outra pessoa também na mesma plataforma.

O estudo completo pode ser acessado de forma gratuita através do link: https://dataismo.com.br/

Sobre as autoras: 

Juliana Freitas

Formada em Marketing, pós-graduanda em Digital Business na USP/ESALQ. Trabalha no mercado e na academia de comunicação desde 2008. Tem passagem pela Artplan, Grupo Abril Digital e Accenture, atuando como Team Lead em projetos de consumo e e-commerce no Brasil e América do Sul. Selecionada no Programas Editoriais do LinkedIn (Linkedin Creators Editorial Program Set/23). Idealizadora e criadora de conteúdo no projeto de conteúdo Dataísmo – Histórias Guiadas por Dados, atualmente com mais de agora tem 25 mil visitas por mês, de acordo com o Similar Web (dados de outubro de 2023), e um dos 5 maiores portais sobre dados e consumo no Brasil (Similar Web, 2023). Já publicou o capítulo Brand awareness e monitoramento de redes sociais no livro do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (2017). Sobre cultura nordestina, escreveu “A presidência democrática em cordel: comunicações e representações” (2010) e “O sistema do cordel: a literatura da comunicação (2009)”, ambas monografias.

Thais Ribeiro 

Jornalista e videomaker. Atualmente é Marketing na ferramenta de dados e pesquisas de mercado v-tracker e passagem também na ferramenta brasileira mLabs, além de experiência em redação na BKW. No seu portfólio, tem os estudos nas redes sociais sobre “A Pequena Sereia: live action”,  “Racismo: Vini Jr.”, “Análise de Acidentes do Trabalho”.

MaceióBrasil