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Medplus comemora o primeiro cateterismo em recém nascido pelo SUS no Tocantins

Procedimento em bebê de 43 dias foi realizado por associados da Medplus, empresa que faz a gestão dos profissionais especializados para o Estado desde 2019.
Medplus comemora o primeiro cateterismo em recém nascido pelo SUS no Tocantins
Medplus comemora o primeiro cateterismo em recém nascido pelo SUS no Tocantins
Imagem: Medplus comemora o primeiro cateterismo em recém nascido pelo SUS no Tocantins
Medplus comemora o primeiro cateterismo em recém nascido pelo SUS no Tocantins

Heloísa entrou para a história do serviço de saúde pública do Tocantins com apenas 43 dias de vida. A bebê que nasceu prematura, com cerca de 2 quilos, foi a primeira recém-nascida a passar por um cateterismo cardíaco. Diagnosticada com Persistência de Canal Arterial (PCA) ela foi atendida pelos médicos especialistas contratados pela Medplus para o serviço de hemodinâmica do Estado do Tocantins. No Hospital Geral de Palmas (HGP) ela passou pelo atendimento que evitou uma cirurgia de peito aberto e inaugurou uma nova era no Tratamento de neonatos no Tocantins

A bebê veio de Araguaína (a 382 km de Palmas) para a realização do procedimento. No Hospital a família contou que a condição cardíaca foi identificada logo após o nascimento, por meio de exames, e que a medicação não surtiu efeito.

Especialistas

Paulo Correia Calamita, médico especialista em cateterismo cardíaco pediátrico no Tocantins, explicou as razões pelas quais o cateterismo é recomendado para casos como esse. “A Persistência do Canal Arterial, especialmente em crianças dessa faixa etária, pode acelerar complicações pulmonares, como broncodisplasia, bem como levar a insuficiência cardíaca, enterocolite, disfunção e infecção intestinal, além de afetar o funcionamento dos rins e do sistema nervoso. Esses pacientes têm dificuldade para ganhar peso e se alimentar normalmente, frequentemente dependendo de sonda e oxigênio por longos períodos.”

Jonathan Guimarães Lombardi, cardiologista pediátrico, comentou sobre a recuperação da paciente. “No caso específico dessa paciente, um prematuro nascido com 30 semanas, que com apenas 43 dias de vida pesa cerca de 2 kg, as primeiras 24 horas após o procedimento foram surpreendentes. Ela já não necessitava da sonda, mamava sem cansaço e não precisava de oxigênio, demonstrando uma recuperação notável que comprova o sucesso do cateterismo.”

Os médicos são associados da Medplus, que faz a gestão dos profissionais especializados em cateterismo pediátrico e hemodinâmica pediátrica cardíaca para as unidades de saúde pública do Estado de Tocantins. “O cateterismo é um procedimento minimamente invasivo que trata cardiopatias congênitas, evitando a cirurgia de peito aberto e, por isso, comemoramos como uma vitória”, explicou Tiago Simões Leite, diretor médico da Medplus.

PCA

A Persistência do Canal Arterial (PCA) é uma condição descrita como anomalias cardiovasculares

na qual um amplo vaso cardíaco liga a aorta, que transporta sangue para o corpo, à artéria pulmonar, que leva sangue para os pulmões. Normalmente, esse canal se fecha naturalmente em bebês dentro de 12 a 15 horas após o nascimento. Esse fechamento é essencial para o funcionamento normal da circulação sanguínea, garantindo que o sangue circule pelo corpo e não retorne aos pulmões, evitando potenciais problemas respiratórios. No entanto, em bebês prematuros, esse canal arterial pode permanecer aberto por um período prolongado, sendo a frequência de PCA proporcionalmente maior quanto mais imaturo for o recém-nascido.

Com informações da Secom Tocantins

MaceióBrasil