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PICS: cresce aplicação de Medicina Chinesa

Especialista comenta aplicações da Medicina Chinesa (MC), uma das abordagens regulamentadas pertencentes às Práticas Integrativas Complementares de Saúde. De acordo com dados, 61% dos brasileiros já utilizaram as abordagens, dentre elas, técnicas como acupuntura, pertencente à Medicina Chinesa
PICS: cresce aplicação de Medicina Chinesa
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Imagem: PICS: cresce aplicação de Medicina Chinesa
PICS: cresce aplicação de Medicina Chinesa

As Práticas Integrativas Complementares de Saúde (PICS) abrangem diversos procedimentos e tratamentos que são reconhecidos pelo Ministério da Saúde e oferecidos à população por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), dentre eles alguns mais conhecidos, como yoga, meditação, hipnoterapia e acupuntura. 

Nos últimos anos a busca por terapias integrativas apresentou um crescimento, sendo tal aumento ainda mais notório a partir da pandemia de Covid-19, como mostra a pesquisa “PICCovid – Uso de Práticas Integrativas e Complementares no Contexto da Covid-19” divulgada pela FioCruz. 

O levantamento apontou que 61% dos brasileiros recorreram às PICS em 2020. Dentre as práticas mais buscadas, a acupuntura, técnica pertencente à medicina chinesa, ocupou 7,8% das buscas.  

A MC é uma racionalidade médica tradicional que surgiu na China e se baseia em princípios e práticas que buscam equilibrar o corpo, a mente e o espírito para promover a saúde e o bem-estar. A abordagem utiliza uma variedade de técnicas e elementos para restaurar o equilíbrio do Qi – princípio fundamental da medicina chinesa e que permeia a cultura chinesa, incluindo as artes marciais chinesas, que pode ser traduzido como “ar”, ou seja, implica em algo que permite a vida, assim como a respiração é essencial para as atividades do corpo – e dos elementos no corpo, como ervas, acupuntura, auriculoterapia, ventosa, fitoterapia, dietoterapia, moxabustão e massagem terapêutica.

Para o Dr. Reginaldo Filho, PhD e diretor geral da Faculdade EBRAMEC, a MC não é apenas uma prática integrativa, mas sim um completo sistema terapêutico, a qual o ser humano é visto de um modo integral, onde o profissional deve analisar a condição completa do paciente e não apenas a queixa específica ou se restringir à uma parte de seu corpo.

“A Medicina Chinesa possui uma forma própria de avaliar os pacientes com cinco ramos clínicos: Fitoterapia Chinesa, Dietoterapia Chinesa, Acupuntura-Moxabustão, Massoterapia Chinesa e Práticas Corporais. Deste modo, o profissional devidamente treinado e capacitado, vai avaliar o paciente e direcionar a melhor estratégia terapêutica”, comenta.

Medicina Chinesa e o SUS

De acordo com Ministério da Saúde, as PICS estão disponíveis gratuitamente em 54% dos municípios, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e todas as capitais brasileiras através de profissionais capacitados. 

O relatório “Monitoramento das PICS no Brasil” divulgado em Julho de 2020, também já mostrava o crescimento de procedimentos realizados: a pesquisa apontou que, em 2019 (parcialmente), as sessões de acupuntura, por exemplo, foi um dos procedimentos mais realizados, totalizando 129.207 aplicações. 

A acupuntura pode ser utilizada em casos como alívio de dores pós-operatórias, fibromialgia, depressão pós parto, transtornos relacionados a uso de substâncias, transtornos de estresse pós traumáticos, dentre outros, como mostra o estudo “Mapa de Evidências Efetividade Clínica da Acupuntura”.

MaceióBrasil