Anualmente, até 2025, são estimados 704 mil novos casos de câncer no Brasil, 70% deles nas regiões Sul e Sudeste. Os dados são do relatório trienal Estimativa 2023 – Incidência do Câncer no Brasil, apresentado pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer).
No levantamento, foram analisados 21 tipos da doença considerados mais incidentes no país – os cânceres de pâncreas e fígado foram incluídos na lista pela primeira vez nesta edição da pesquisa.
O câncer de maior incidência no Brasil é o de pele não melanoma, que chega a 31,3% dos casos. Em seguida está o de mama feminina, equivalente a 10,5%; de próstata, que corresponde a 10,2%; de cólon e reto, com 6,5%; de pulmão, 4,6%; e estômago, com 3,1%.
O biólogo e sócio-proprietário da Tech Four Medical Antonio Luccisano cita uma das justificativas para os números. “A causa mais frequente do câncer de pele não melanoma é a exposição prolongada e repetida aos raios solares. Considerando que o Brasil é um país tropical, litorâneo e agrícola, vemos esse tipo de câncer dominar as estatísticas brasileiras”.
Em 2022, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, destinou R$ 15 milhões para a área de dispositivos médicos como recursos não reembolsáveis destinados ao desenvolvimento de novas tecnologias nas áreas de oncologia e cardiologia. A medida foi uma parceria com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).
Segundo o INCA, 30% dos casos de câncer podem ser prevenidos e muitos outros têm chance de cura, quando detectados precocemente e tratados adequadamente. A tecnologia favoreceu o avanço dos tratamentos e trouxe novas perspectivas para os pacientes.
Exames precisos para a identificação precoce de tumores, novos medicamentos, imunoterapia e cirurgia minimamente invasiva são exemplos de técnicas associadas ao uso da tecnologia com foco em diagnóstico, prevenção e tratamento oncológico.
Luccisano afirma que atualmente a medicina conta com tecnologias capazes de realizar exames personalizados para cada paciente. “Uma das linhas de atuação é o uso da genômica, testes para rastreio de alterações no DNA, que permitem a identificação de possíveis tumores em desenvolvimento”.
“Há também a possibilidade do rastreio genético do próprio tumor, após o diagnóstico. Neste caso, há maior precisão na definição do tratamento, o que aumenta as chances de cura para o paciente”, completou.
O especialista destaca a importância da conscientização sobre a busca por cuidados de saúde desde os primeiros sinais de câncer. “É essencial que a população seja incentivada a procurar atendimento médico diante de quaisquer sintomas suspeitos para garantir a oportunidade de receber o tratamento adequado”.
Além de contar com o suporte da tecnologia e dos avanços da medicina, prossegue o biólogo, é fundamental ter hábitos saudáveis, praticar atividades físicas e realizar exames periódicos. “É ótimo que a tecnologia esteja evoluindo para tratar os casos de câncer, mas seria ainda melhor se agíssemos para preveni-los”, conclui Luccisano.
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