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Desenrola impulsiona tecnologias de análise de risco

Programa de renegociação de dívidas do governo federal objetiva beneficiar até 70 milhões de pessoas; de acordo com dados da CNC, endividamento já registra queda
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Imagem: Desenrola impulsiona tecnologias de análise de risco
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Em vigor desde o dia 17 de julho, o Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas do governo federal, vem se destacando pelos resultados alcançados desde o início de sua operação. Segundo dados da Febraban, os bancos renegociaram quase R$ 10 bilhões em um mês. No período, ainda de acordo com levantamento da entidade, somente as instituições financeiras foram responsáveis pela desnegativação de cerca de 6 milhões de registros de clientes relativos a dívidas de até R$ 100. 

Com potencial para beneficiar um total de 70 milhões de pessoas, na estimativa do Ministério da Fazenda, o Desenrola Brasil já repercute em indicadores de inadimplência. Conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento das famílias registrou em julho a primeira queda em sete meses, atingindo 78,1%, menor volume desde janeiro deste ano. A queda também foi atestada pela Serasa. De acordo com o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas, em julho, 71,41 milhões de brasileiros estavam em situação de inadimplência, uma redução de 34 mil em relação ao mês anterior. 

Na esteira dessa movimentação, as instituições provedoras de recursos financeiros têm buscado soluções orientadas por dados para acomodar esse contingente de desnegativados que retornam ao mercado de crédito. É o que aponta a Provenir, especializada em tecnologia para tomada de decisão de risco de crédito. A empresa global, que atende a mais de 150 clientes em 50 países, detectou um aumento considerável de interesse por seus produtos no Brasil no último mês.  

“A perspectiva de que essa população cujo nome foi retirado dos registros de negativação volte a consumir crédito representa uma grande oportunidade para instituições financeiras como bancos tradicionais e digitais, fintechs, varejistas e outras entidades. No entanto, o que temos observado é que com a possibilidade de mais pessoas terem acesso a crédito, as empresas têm se preocupado em ajustar seus processos de análise de risco à realidade desse contingente de novos clientes”, afirma Jose Luis Vargas, Vice-Presidente Executivo para a América Latina da Provenir. 

“Nesse contexto, os provedores de crédito buscam mais visibilidade sobre os requerentes, demandando mais dados e o uso de tecnologias orientadas por Inteligência Artificial para obter uma visão mais completa do comportamento e da saúde financeira dos potenciais candidatos, adotando uma abordagem centrada nos usuários”, pontua Vargas. 

Para isso, o emprego de dados alternativos, que analisam informações não tradicionais, pode ser estratégico para as instituições que concedem recursos financeiros. Por meio de dados como a presença em redes sociais, uso de celular e pagamentos de serviços públicos, as empresas conseguem ter uma compreensão muito mais real do solicitante do que aquela construída com base nos “scores” tradicionais. 

Segundo o executivo, mais do que conceder crédito, as instituições financeiras entendem como fundamental gerenciar de perto a jornada desse consumidor. “A ideia é que, por meio de dados alternativos e IA, seja possível identificar proativamente sinais de que o cliente possa estar com problemas novamente, dando o apoio necessário para que ele siga adimplente, e ao mesmo tempo adotar medidas preventivas como, por exemplo, ajustar o termo da oferta de produtos e serviços de acordo com o momento”, finaliza. 

 

MaceióBrasil