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Consórcios de bens e serviços interagem com a economia

Mecanismo contribui diretamente para os diversos elos da produção como indústria, comércio e prestação de serviços
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Os crescentes números do Sistema de Consórcios, divulgados ao longo dos últimos anos pela ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, refletem a aceitação da modalidade de autofinanciamento no Brasil com vistas à aquisição de bens ou à contratação de serviços.

Ao ser relacionado com outros indicadores da economia, o crescimento do mecanismo, genuinamente brasileiro, tem demonstrado sua importância para a cadeia produtiva no país.

A análise de alguns setores, como o de veículos leves, que inclui automóveis, utilitários e camionetas, por exemplo, sinaliza boas perspectivas de produção futura para as indústrias e para os negócios das concessionárias e revendedoras, a partir do Sistema.  

Segundo dados divulgados pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, nos primeiros quatro meses deste ano foram licenciados 503,46 mil veículos leves. Uma média de 125,87 mil autos por mês. Neste mesmo período, foram vendidas 504,39 mil cotas de consórcio de veículos leves, que correspondem a 126,10 mil vendas médias mensais.

“A coincidência dos dados nos leva a reflexões”, diz Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC. “Enquanto em mesmo período em que meio milhão de consumidores concretizava seus sonhos, outro meio milhão dava o primeiro passo para realizar os seus”.

Até abril, havia 4,11 milhões de participantes ativos no segmento de leves, o equivalente a quase trinta e três meses de vendas de cotas. No mesmo período, o acumulado de contemplações, momento em que o consorciado de posse de seu crédito vai às compras, contava com uma média mensal de 52,62 mil, o equivalente a 41,7% da média nacional de adesões.

“Os números nos sugerem que a divisão dos participantes ativos por esta média de contemplação nos dá um horizonte de 78 meses de potenciais vendas de veículos”, raciocina Barbagallo.

Como complemento, Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, destaca que “se é bom para os consumidores, é também bom para os fabricantes e montadoras, que podem passar a contar com potenciais compradores de seus produtos”.

Todavia, as semelhanças dos dados vão além do setor de veículos leves. A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, outra entidade do setor automotivo, divulgou que, de janeiro a abril deste ano, foram comercializadas 477,90 mil motocicletas, enquanto no Sistema de Consórcios houve vendas de 427,37 mil novas cotas.

“A média mensal de 119,48 mil motos vendidas relacionadas com a média de 106,84 mil aquisições de cotas de consórcio, levam à coincidência entre os que concretizaram seu sonho e aqueles que irão realizá-lo”, complementa o economista da ABAC.

O total de consorciados contemplados do setor de duas rodas foi, em média mensal, de 59,84 mil contemplações, uma equivalência de 56,0% em relação à média mensal de novas cotas vendidas.

“Ao dividir o total de participantes ativos, 2,69 milhões, pela média mensal de 59,84 mil contemplações, é possível projetar um horizonte de 45 meses de possíveis aquisições de motos novas”, estima Barbagallo.

Na análise paralela entre os comportamentos de evolução das vendas de novas cotas de consórcios nos dois setores – veículos leves e motocicletas – e a venda dos veículos no mercado interno, nos últimos dez anos, “observa-se que a coincidência numérica já verificada no segmento de motos desde 2013, passou a ocorrer também no segmento de veículos leves, a partir de 2020”, finaliza o economista.

“Depois de décadas de existência, as análises mais recentes reforçam a convicção da contribuição do Sistema de Consórcios para o desenvolvimento da economia do país”, afirma Rossi. “Há uma relevância cada vez maior do consórcio, tanto para pessoas jurídicas como para pessoas físicas”, conclui.

Hoje, há milhares de empregos na indústria, comércio e serviços que, de forma direta ou indireta, contam com o consórcio. Em paralelo, há milhares de consumidores que realizaram ou irão alcançar seus sonhos de consumo, de investimento ou de geração de renda, a partir da adesão ao Sistema de Consórcios.

 

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