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Avanço do mercado imobiliário traz reflexos para o desenvolvimento das cidades

Depois de 12 anos, Censo populacional do IBGE é atualizado e o Brasil supera o número de 700 milhões de habitantes, em Minas Gerais, o quarto maior estado do país, a cidade que mais cresceu está no interior, Uberlândia, onde o número de domicílios aumentou acima da média nacional.
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Avanço do mercado imobiliário traz reflexos para o desenvolvimento das cidades
Imagem: Avanço do mercado imobiliário traz reflexos para o desenvolvimento das cidades
Avanço do mercado imobiliário traz reflexos para o desenvolvimento das cidades

Depois de 12 anos da última publicação, o Censo populacional brasileiro foi atualizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Divulgado no dia 28 de junho, os números mostraram que o Brasil chegou à marca de 203.062.512 habitantes, uma população 6,45% maior que em 2010. O estado de Minas Gerais superou a marca de 20 milhões de habitantes, crescendo 4,8% de 2010 para 2022. 

Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi a que mais cresceu no estado de Minas Gerais, 18,8%, chegando ao número 713.232. No ranking de população do IBGE a cidade ocupa o segundo lugar no estado, 18º na região sudeste e 28º no País. O panorama geral do Censo pode ser acessado no site do IBGE.

O aumento da população significa também aumento de domicílios. O crescimento nacional referente a domicílios foi de 34,21% e em Uberlândia, 53,74%. 

Daniel Nunes de Souza, coordenador de área do IBGE em Uberlândia, afirma que os dados atualizados serão referência para o poder público direcionar investimentos nas áreas de saúde, transporte, educação, transporte e mobilidade. E o setor privado, como o imobiliário, por exemplo, também deve usá-los como referência. O grande desafio tanto de um lado quanto de outro é o crescimento com qualidade.

Uberlândia tem 109 mil habitantes a mais do que em 2010. Os números do IBGE mostram que a cidade mineira tem 337 mil domicílios, 296 mil deles com moradores, com média de 2,62 moradores por residência. “A cidade se expande. As pessoas precisam ter onde morar e o aumento acima da média nacional em números de domicílios mostra um mercado imobiliário aquecido”, comentou Daniel Nunes.

Dados da pesquisa “Comportamento do Consumidor e as Tendências para 2023”, divulgada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) apontam que, na região Sudeste, 92% das pessoas que compraram imóveis em 2022 foram para residência própria. A mesma pesquisa aponta ainda que, entre os entrevistados também na região Sudeste, 67% dos entrevistados pretendem adquirir um imóvel para morar nos próximos 24 meses.

Para José Inácio Pereira, diretor superintendente do Granja Marileusa, bairro planejado na zona leste de Uberlândia, setores público e privado devem avaliar com atenção os novos números do IBGE para que o crescimento seja acompanhado de qualidade de vida. O bairro anunciou recentemente investimentos na ordem de R$ 400 milhões em sua nova fase de expansão, que terá seis novos loteamentos. 

“O resultado do Censo traz um horizonte otimista para quem trabalha com o setor imobiliário no que se refere ao crescimento de domicílios no Brasil. O nosso desafio é entregar um urbanismo feito para acompanhar o estilo de vida das pessoas”, disse o executivo.

Efthymios Panayotes Emmanuel Tsatsakis, vice-presidente de Relações Trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-TAP) afirma que Uberlândia tem o que ele chama de um “tripé valioso”. “Temos aqui empresas da construção civil altamente empreendedoras e competitivas, agentes financeiros capazes de atender e absorver os financiamentos necessários para o empreendimento frutificar e compradores para os produtos lançados”.

MaceióBrasil