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Feira Tecnológica incentiva projetos de cunho social e de inclusão, em Manaus

A Feira de Inovações Tecnológicas (Inovatec) chega a sua 10ª edição em Manaus com mais de 170 projetos apresentados por alunos dos cursos de tecnologia
Feira Tecnológica incentiva projetos de cunho social e de inclusão, em Manaus
Feira Tecnológica incentiva projetos de cunho social e de inclusão, em Manaus
Imagem: Feira Tecnológica incentiva projetos de cunho social e de inclusão, em Manaus
Feira Tecnológica incentiva projetos de cunho social e de inclusão, em Manaus

Acadêmicos de diversos cursos de tecnologia se reúnem e apresentam projetos promissores que podem auxiliar em problemas atuais da sociedade. Esse é o objetivo da Feira de Inovações Tecnológicas (Inovatec), promovida em um centro universitário, na zona centro-sul de Manaus. 

Uma forma de buscar medicamentos específicos em unidades públicas de saúde, aprimorar semáforos inteligentes para pessoas com deficiência ou interpretar sinais da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) em tempo real em uma sala de aula ou no smartphone, essas foram algumas das ideias entre os 173 projetos que foram apresentados na feira. 

“Essa feira surgiu com o objetivo de estimular nos alunos a criatividade e o empreendedorismo para solucionar problemas atuais com projetos únicos”, declarou a coordenadora dos cursos de Tecnologia do Centro Universitário Fametro, Aline Mary. 

Em 2023, a Inovatec chegou na 10ª edição com o tema “Tech para o mercado de trabalho” e foi realizada nos dias 26 e 26 de maio, com projetos dos cursos de Sistemas da Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia da Computação e Engenharia de Software.

Lybra

Ao pensar em como deixar o ambiente educacional e a sala de aula mais inclusiva, uma turma do 5º período de Sistemas de Informação criou o projeto Lybra, onde um personagem 3D traduz, em tempo real, falas em sinais da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRA). 

“Nosso foco foi na sala de aula e na Educação a Distância. O professor e o aluno podem adotar esse sistema por meio de uma página na internet ou aplicativo. Enquanto o professor fala, os sinais em Libra são traduzidos em tempo real para a sala. O objetivo é melhorar a inclusão nas salas de aula que não podem ter um intérprete de Libras”, explicou o aluno Marcos Said. 

Além de Marcos, o projeto foi desenvolvido com outros 14 colegas na linguagem de programação Python. 

Cadê Meu Sinal? 

Outro projeto apresentado na feira e voltado para a inclusão foi o “Cadê Meu Sinal”, de mais uma turma de Sistemas de Informação. O grupo levou em conta Pessoas com Deficiência (PCDs) que precisam de mais tempo para atravessar a faixa de pedestres.

“Nós criamos um cartão ou um chip de acesso para a pessoa poder encostar a peça no sinal e dar um tempo de acesso maior para que ela possa atravessar a faixa de pedestre, de acordo com a necessidade dela, porque nós temos pessoas que são que usam muletas, cadeira de rodas”, destacou Kaic Reis, aluno participante do projeto. 

Kaic e a equipe com mais 16 alunos levaram em torno de um mês para aprimorar o código para o sensor de aproximação que acende os LEDs. Para isso, os alunos usaram uma placa Arduino Uno, módulo Leitor RFID, sensor infravermelho, LEDs, e uma fonte. 

“Com esse projeto, esperamos também reduzir acidentes que ocorrem com PCDs no momento de atravessar, o que acontece muito em Manaus”, acrescentou Kaic.

MedConnect

Para evitar que a população se desloque para unidades básicas de saúde sem ter a certeza de que vão conseguir os medicamentos necessários, uma turma do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do 2º período apresentou o projeto MedConnect. 

Em uma simulação por meio de um site, o usuário pode colocar o nome do medicamento que precisa e, em seguida, é apresentado a uma lista com unidades que têm estoque. 

“A gente verificou que às vezes é necessário que a pessoa se locomova entre várias unidades, o que causa um desconforto até pela questão financeira e de mobilidade. Para facilitar a vida das pessoas que usam o Sistema Único de Saúde (SUS), desenvolvemos um sistema e a pessoa busca o medicamento como se fosse o Google”, explicou o aluno Vinicíus Said, participante do projeto.

A equipe, de 14 alunos, desenvolveu o MedConnect por meio das ferramentas Firebase, Figma e HTML e CSS. Uma meta da equipe é poder apresentar a ideia para o poder público e integrar a aplicação aos órgãos de saúde. 

“Futuramente, queremos apresentar à prefeitura e ver o que é possível fazer com a ideia”, ressaltou o aluno. 

A coordenadora Aline Mary também destacou que a Inovatec projeta os alunos para o mercado de trabalho com a proposta de parcerias com empresas e poder público.

“Convidamos empresas para visitar a Inovatec e se gostarem dos projetos podem chamar os alunos para uma vaga, então o evento é benéfico de diversas formas, para a sociedade e para os alunos”, declarou.

MaceióBrasil