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Saneamento básico de Uberlândia se destaca em ranking do Instituto Trata Brasil

A cidade do triângulo mineiro é a primeira do Estado de Minas Gerais em oferta de água potável e tratamento de esgoto. Entre outras iniciativas, parcerias público-privadas como a realizada com o único bairro planejado da cidade ajudam na recuperação de córregos e refletem na qualidade de vida dos moradores e gerações futuras
Saneamento básico de Uberlândia se destaca em ranking do Instituto Trata Brasil
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Imagem: Saneamento básico de Uberlândia se destaca em ranking do Instituto Trata Brasil
Saneamento básico de Uberlândia se destaca em ranking do Instituto Trata Brasil

O saneamento é um dos fatores importantes para a qualidade de vida dos moradores de uma cidade. Uberlândia, no interior de Minas Gerais, ocupou o terceiro lugar nacional e primeiro do estado no Ranking do Saneamento 2023 do Instituto Trata Brasil, que traz dados preocupantes: atualmente, mais de 100 milhões de brasileiros não têm rede de esgoto e 35 milhões não têm acesso a água potável.

A cidade do triângulo mineiro está à frente da média nacional neste setor. Na última edição do ranking do instituto, a liderança é ocupada pela cidade paulista de São José do Rio Preto com quase 100% da população com água tratada e coleta de esgoto com índice de tratamento de 80%. Já Macapá (AP) ocupa o último lugar, com média de acesso à água potável em 80% e menos de 30% de coleta de esgoto, com 18% tratado.

Responsável pelo saneamento em Uberlândia, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) é a segunda melhor autarquia municipal do setor no Brasil. No ranking, Uberlândia obteve a nota máxima em atendimento total de água (10), esgoto (10) e tratamento de esgoto referente a água consumida (10).

Para o diretor geral do Dmae, Renato Rezende, o bom resultado no ranking está diretamente relacionado aos investimentos no setor, dentro do planejamento de crescimento da cidade com ampliação nas áreas de tratamento e abastecimento de água, bem como coleta e tratamento de esgoto.

“Desde 2017, foram investidos aproximadamente meio bilhão de reais em saneamento em Uberlândia. Neste ano estamos executando novas adutoras para interligação do anel hidráulico entre os três sistemas que abastecem a cidade”, afirmou.

Investimentos e parcerias público-privadas

Renato Rezende destacou que a autarquia tem se antecipado ao crescimento de Uberlândia com um planejamento que prioriza a demanda de atendimento atual de saneamento e a futura expansão, contando também com participação do setor privado.

Uma delas é do bairro planejado Granja Marileusa, que iniciou, em novembro de 2022, as obras de uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE) para atender a comunidade local, com capacidade para bombear 200 litros por segundo e atender uma área de até 6 milhões de metros quadrados. Com previsão para conclusão entre julho e agosto deste ano, a obra está 70% concluída. Quando estiver pronta, o bairro terá 100% do esgoto bombeado para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Uberabinha do DMAE.

“Isso zera os lançamentos feitos pós-tratamento do esgoto no Córrego Perpétua. Estamos pensando lá na frente, quando o córrego não suportará a capacidade mesmo após o tratamento, por isso é necessário bombear para a ETE Uberabinha”, explicou Edina Franco Gouveia, diretora de operações do Granja Marileusa.

Sobre a EEE do Granja Marileusa, o diretor geral do DMAE, Renato Rezende, afirma que a nova elevatória trará melhorias significativas para o saneamento. “Temos um novo equipamento que possibilitará o desenvolvimento socioeconômico para os bairros deste setor de Uberlândia, atendendo a demanda atual e futura no tratamento e coleta de esgoto conforme os padrões do saneamento básico”, afirmou.

Melhorias para o meio ambiente

O geógrafo e especialista em Gestão Ambiental Bruno Michelotto, explica que a interrupção do lançamento de esgoto (mesmo após tratamento), irá auxiliar na recuperação ambiental da bacia do córrego Perpétua, particularmente no que se refere à qualidade de suas águas. Tem-se ainda a retomada do potencial turístico da bacia do córrego, que apresenta diversas cachoeiras.

“Espera-se, portanto, que essa recuperação possa contribuir para o aumento da diversidade e riqueza de peixes, organismos aquáticos (micro invertebrados), recuperação da vegetação ribeirinha e aumento da disponibilidade para a população que faz uso do recurso hídrico (irrigação e dessedentação de animais)”, afirma Michelotto.

MaceióBrasil