O grupo de Envelhecimento Ativo da Santa Casa de Maceió desta semana vai tirar dúvidas sobre a sexualidade na vida dos idosos. Com o aumento da expectativa e da qualidade de vida, o prolongamento da vida sexual na terceira idade é uma mudança marcante das últimas décadas do século 20. Porém, quem passa dos 60 precisa enfrentar desafios como patologias, comorbidades, perda da libido e ausência do parceiro para se manter ativo. Confira o conteúdo aqui.
Até bem pouco tempo, era comum, aos primeiros sinais do envelhecimento do corpo, que as mulheres deixassem de procurar um parceiro. É que na menopausa, o estrógeno diminui drasticamente, atingindo o desejo e a lubrificação. Nos homens, a produção da testosterona, o hormônio sexual, começa a cair aos poucos a partir dos 40 anos, mexendo na libido e na ereção.
O estereótipo de uma velhice assexuada vem sendo derrubado por pesquisas recentes, que apontam que cerca de 37,4% das mulheres e 62,3% dos homens com mais de 65 anos possuem vida sexual ativa. “Nos idosos, que muitas vezes já estão aposentados, sofrem com alguma comorbidade ou pressão social, a sexualidade não pode ser vista como mais uma barreira. É algo que precisa ser normalizado”, disse Felipe Resende, médico residente em Geriatria.
A aula faz parte de um projeto gratuito e voltado a homens e mulheres com mais de 60 anos de idade. Em 2020, o curso presencial seria realizado para 240 alunos inscritos em turmas divididas nas segundas e quintas-feiras, no Centro de Estudos da Santa Casa de Maceió. Mas, em decorrência da pandemia, uma vez por semana, as aulas são disponibilizadas nas plataformas online.
O Grupo de Envelhecimento Ativo conta com o apoio da Divisão de Ensino e Pesquisa, médicos de várias especialidades, além de farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e assistentes sociais da Santa Casa de Maceió, se revezam em aulas informativas que abrangem orientações sobre saúde e alimentação, sexualidade, tecnologia, direitos sociais entre outros.