A Santa Casa de Maceió e a Rede Feminina de Combate ao Câncer fortaleceram ainda mais a parceria. Na sexta-feira (10), o hospital recebeu as remadoras e a coordenação do Dragon Boat (barco dragão) na sala que será sede do projeto. O time de remadoras é totalmente composto por mulheres mastectomizadas.
As instalações ficam no Centro de Oncologia da Santa Casa, no Centro da capital alagoana. O espaço foi apresentado durante um café da manhã marcado pela emoção das participantes do projeto, que fizeram depoimentos de como eram suas vidas antes e depois de iniciarem a canoagem.
Segundo a gestora da Linha Oncológica do hospital, Aishá Gois, é um novo momento para as mulheres que participam de canoagem. “Até então elas não tinham um local para planejamentos, reuniões e até mesmo celebrações. Especialmente um local que ficasse perto do suporte médico, multidisciplinar e que já abriga o Com Ação, projeto de Extensão da UFAL onde essas mesmas mulheres praticam exercícios físicos sob a supervisão do professor de Educação Física Jean Toscano. E como a Santa Casa está muito inserida nesse projeto, nada mais justo do que a gente estando muito perto, acompanhar tudo o que está acontecendo. Afinal, são nossas pacientes, e a gente cuida integralmente delas seja o bem-estar, qualidade de vida ou mesmo assistência médico hospitalar”, disse.
O Projeto Dragon Boat atende mulheres mastectomizadas que passaram pela Santa Casa de Maceió. Atualmente, são 20 remadoras, a técnica e uma voluntária responsável pelo tambor que dá ritmo às remadas. Uma equipe substituta está sendo montada.
“A Santa Casa de Maceió é nossa parceira desde que a Rede foi fundada em Alagoas. Estamos umbilicalmente ligadas, já que a instituição faz parte do nosso estatuto. Elas se complementam dando oportunidade para que as pacientes tenham acesso aos melhores tratamentos. Nessa sala, que batizamos de sede, vamos nos reunir semanalmente para discutir assuntos internos, como também encontrar formas de ajudar quem já está, e outras mulheres que tiverem câncer. O objetivo é que saiam do processo de vitimização para serem protagonistas da suas histórias”, destaca Majô Costa, coordenadora de comunicação e voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer.
No novo espaço, a professora, Adenise Costa Acioly falou sobre suas expectativas. “Tive o desejo de fazer parte do grupo porque acredito que além do esporte fortalecer minha musculatura, ele dá espaço para a criação de novos vínculos. Com essa vivência, assim como minhas colegas, posso ser exemplo para outros. Essa é nossa grande missão, fazer desse momento uma história positiva que seja contata para outros”, pontuou.
O entusiasmo das voluntárias, que foram abraçar quem esteva na recepção do Centro de Oncologia, contagiou a todos. “Ficou encantada com a presença das voluntárias da Rede Feminina. Achei um momento muito lindo. Até me emocionei. A gente precisa desse carinho, do aconchego que vieram trazer para gente. Muito bom receber um abraço gostoso, ainda mais saber que elas são vitoriosas. Que já passaram por esse processo, que não é fácil”, afirmou Maria Aparecida de Oliveira, que recebeu o diagnóstico de câncer em maio de 2023.