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Produto químico pode ter causado morte de peixes na Lagoa Mundaú

Análise prévia aponta que peixes morreram asfixiados após intoxicação por acúmulo de agrotóxicos no local ou algum pesticida jogado na região.
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Imagem: Pesquisador e professor Emerson Soares, da Ufal, analisa amostras coletadas na lagoa Mundaú para investigar causa da morte de peixes — Foto: Ascom/Ufal

Após uma análise prévia da água da Lagoa Mundaú, em Maceió, o professor e pesquisador Emerson Soares, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), acredita que os peixes encontrados mortos no último domingo (13) foram asfixiados pelo acúmulo de agrotóxicos ou produtos químicos jogado na região.

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“Nós encontramos alto nível de Manganês, o que sugere que os peixes morreram intoxicados com algum produto químico que foi lançado no ambiente. O ph alcalino estava elevado, então agora estamos analisando qual produto químico causou essas mortes”, disse o pesquisador em entrevista ao Bom Dia Alagoas.

O Instituto de Meio Ambiente (IMA) também esteve no local e recolheu algumas amostras da água da lagoa para análise.

Sobre a possível contaminação por óleo, o professor disse que a análise descartou essa possibilidade. “Óleo não é. Está dentro do limite tolerável, a morte foi causada por algum efluente que houve fuga ou que foi lançado”, disse.

O professor disse ainda que os pesquisadores da Ufal estiveram na área indicada pelos pescadores ainda no domingo e coletaram as amostras de água de várias partes da lagoa.

“No domingo, quando fomos acionados, fizemos uma análise da área por terra e pegamos uma via interrompida. Nós precisamos fazer uma rastreabilidade e os seguranças não deixaram. Acionei a polícia, documento oficial, e os seguranças da Braskem não nos deixaram entrar. Nós somos servidores públicos e precisamos rastrear a área e analisar”, disse o professor.

Sobre a denúncia de que os pesquisadores foram impedidos de entrar em uma área da Braskem, a empresa disse que a área na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no bairro do Mutange, foi interditada pela Defesa Civil de Maceió por uma questão de segurança, devido à instabilidade no solo.

Disse ainda que o acesso só é permitido a profissionais autorizados. A Braskem disse que os seguranças orientaram o professor a fazer uma solicitação formal, para que o acesso fosse devidamente liberado.

A Braskem disse ainda que não exerce atividades na área da lagoa onde o problema foi registrado, bem como que também não há registro de incidentes em suas operações.

MaceióBrasil