Crueldade com animal: motorista é flagrado arrastando cachorro morto em Maceió
Um caso de maus-tratos a animais chocou os moradores da Cidade Universitária, em Maceió, na manhã desta segunda-feira (8). Um motorista foi filmado arrastando um cachorro morto amarrado ao carro por duas ruas até parar em um ponto de descarte de lixo. A cena foi registrada por testemunhas e viralizou nas redes sociais.
Segundo o delegado Robervaldo Davino, da Delegacia de Crimes Ambientais, o motorista já foi identificado e intimado a depor sobre o caso. A investigação deve apontar se o cachorro já estava morto quando foi arrastado ou se morreu no trajeto. Maus-tratos a animais é crime, com multa que chega até 40 salários mínimos e, em caso extremos, pena de dois a cinco anos de prisão.
O motorista não teve a identidade divulgada oficialmente. Ele deve comparecer à delegacia nos próximos dias para prestar esclarecimentos. A Polícia Civil pede que quem tiver mais informações sobre o caso entre em contato pelo telefone 181.
A testemunha que gravou o vídeo disse ao g1 que viu o motorista arrastar o cachorro por aproximadamente duas ruas, passando por buracos e pedras, até parar em um ponto crônico de descarte de lixo próximo à Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Nas imagens, é possível ver o homem passando com o corpo do cachorro em uma rua sem asfalto, entre pedras e buracos.
Ao chegar no ponto de descarte irregular de lixo, o motorista para o carro e a gravação termina. A testemunha disse que seguiu viagem e não ficou para ver o que o homem iria fazer após parar o carro.
O caso gerou revolta e indignação nas redes sociais. Muitos internautas pediram justiça e punição para o motorista. Alguns também questionaram a falta de fiscalização e conscientização sobre o descarte irregular de lixo na região.
A presidente da Comissão do Bem Estar Animal da OAB-AL, Rosana Jambo, disse que o caso é um exemplo de crueldade com os animais e que a comissão vai acompanhar as investigações. Ela também lembrou que quem presenciar casos de maus-tratos pode denunciar pelo telefone 181 ou pelo aplicativo Proteja Brasil.