Search
Close this search box.
Search

Intenção de consumo dos maceioenses alcança menor patamar do ano

Pesquisa do Instituto Fecomércio aponta que índice segue tendência de queda desde o mês de março
centro (1)

Em agosto, a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió registrou a marca de 15 meses consecutivos abaixo do nível de satisfação de 100 pontos. De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), neste mês, o índice atingiu o menor patamar de 2021, com 89,3 pontos.

PUBLICIDADE


PUBLICIDADE


Desde março deste ano, quando atingiu o maior nível do ano, aos 93,4 pontos, o índice vem traçando uma trajetória persistente de queda mês após mês. Na comparação com agosto de 2020, quando a pesquisa registrou 92 pontos, o indicador apresenta uma queda de 2,93%.

O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Victor Hortencio, acredita que os resultados obtidos nos últimos 15 meses podem ser um reflexo do momento crítico visto nos âmbitos econômico e político no país, em meio à crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19. “A economia brasileira passa por percalços no que tange ao controle da inflação, que mede o aumento dos preços de bens e serviços, e que, de acordo com o Banco Central, chegou a 8,99% nos últimos 12 meses. O que implica, inevitavelmente, em uma perda no poder de compra da população, principalmente da classe de renda mais baixa, que é obrigada a usar grande parte de seus rendimentos para sobreviver”, observou.

Leia também:  Violência: mulheres negras com pouca renda convivem com agressores

Dentre os subíndices da pesquisa, que, em relação ao mês de julho, registraram queda em seis dos sete indicadores, na comparação anual, a Perspectiva de Consumo apresentou a maior baixa, com variação negativa de 30%. Para Hortencio, os resultados para Nível de Consumo e Emprego Atual, com -10,14% e -2,65%, respectivamente, no comparativo com agosto de 2020, colocam em evidência quais os possíveis motivos para os números apresentados pela pesquisa.

“Possivelmente, os registros foram influenciados pela inflação e pelo impacto das altas taxas de desocupação: 20%, em Alagoas, e 14,7%, no Brasil. Embora em Maceió, até maio, segundo o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o saldo seja positivo, com o aumento de 4.825 empregos, em Alagoas, entre os meses de janeiro e junho, foi registrado um saldo negativo de mais de dez mil empregos. Diante disso, as perspectivas de curto e longo prazo, quanto à intenção de consumo, se reduziram de maneira cíclica, mostrando uma linha de tendência declinante, mais definida nos últimos cinco meses”, argumentou.

MaceióBrasil