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Intenção de consumo do maceioense completa onze meses seguidos em níveis otimistas

Desde janeiro acima dos 100 pontos, índice estabiliza em novembro, após cinco altas consecutivas
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Imagem: .

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió registrou em novembro 118 pontos e completou onze meses seguidos em níveis otimistas. O resultado, que na comparação anual aponta para um crescimento de mais de 28%, é reflexo da conjuntura econômica atual, diante do cenário de flexibilização das atividades comerciais em todo o país e seus desdobramentos após os momentos mais críticos da pandemia de Covid-19.

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O levantamento, que é elaborado pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), demonstra ainda que, de outubro para novembro, o índice apresentou uma leve queda de -0,1%, se mostrando estável após cinco altas consecutivas. No ano, o resultado de novembro só perde para o mês anterior, que registrou 118,1 pontos.

Para o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Victor Hortencio, a estabilização da intenção de consumo das famílias maceioenses em níveis otimistas, se dá pelo fato de o país estar apresentando um cenário econômico mais favorável no segundo semestre de 2022. “É uma combinação virtuosa de deflação, queda de preço dos combustíveis, crescimento do emprego formal e aumento das transferências de renda, o que impulsionou o consumo. E essa análise é corroborada pelo índice de renda atual, onde 56% da amostra opinou que a renda familiar está melhor do que a do ano passado”, observa.

A título de registro, de acordo com dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o mês de outubro registrou em Maceió um saldo de 1.237 novos postos de trabalho, com participação expressiva do segmento de comércio e serviços (73,4% de todos os empregos gerados, isto é, 920 postos). Inclusive, acompanhando essa perspectiva apontada pelo CAGED, entre todos os subíndices analisados pelo levantamento, “perspectiva profissional” obteve o crescimento mais significativo, de 2,2%.

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Diante desse cenário, Hortencio destaca também que outros condicionantes comerciais podem ter influenciado no resultado da pesquisa, a exemplo da proximidade das festas natalinas e da junção da Black Friday com a Copa do Mundo, que, por sua vez, acaba por refletir nas vendas de TVs e outros aparelhos eletrônicos.

Se comparado com as taxas de outras capitais do Nordeste, a intenção de consumo de Maceió, registrada em novembro, foi a maior da região, seguida por Teresina (103,3 pontos), Salvador (91 pontos) e Fortaleza (85,1 pontos).

Apesar do quadro de estabilidade na intenção de consumo do maceioense, cinco subíndices registraram retração de outubro para novembro. “Renda atual”, com -0,6%; “acesso ao crédito”, com -4,7%, o que é reflexo da manutenção da taxa Selic em um patamar elevado (13,75%); “nível de consumo atual”, com -1,0%, que é diretamente afetado pela inflação, ainda a níveis altos; e “perspectiva de consumo”, com -2,7%, resultado fortemente influenciado pelo endividamento das famílias, que, em outubro, alcançou 71,2% das famílias.

MaceióBrasil