O aquecimento do mercado imobiliário se refletiu em 2021 no maior aumento do preço médio do imóvel em sete anos: 5,29%, segundo dados do Índice FipeZAP+ com base em anúncios na internet.
Mas, em muitos casos, o valor médio aumentou ainda acima desse patamar: em 14 das 50 maiores cidades do país que fazem parte do indicador, o reajuste acumulado no ano passado superou a inflação projetada de 9,68%, medida pelo IPCA, do IBGE.
Em cinco das dezesseis capitais monitoradas, a variação do preço médio dos imóveis ficou muito acima dos 10% em 2021. A maior alta foi registrada em Vitória, no Espírito Santo, com quase 20% (19,86% no dado mais exato), seguida por Maceió, em Alagoas, com 18,50%.
Maceió
O caso da capital alagoana tem maiores motivos que a inflação imposta pela pandemia. Além do aumento nos custos de construção, principalmente de insumos como aço e outros materiais metálicos, materiais hidráulicos e madeira, a alta também se deve ao aquecimento do mercado local gerado tanto pela procura de imóveis para locação por temporada pelo boom turístico.
Também influenciou a injeção de recursos da indenização dos moradores dos bairros afetados pela mineração da Braskem, que fez com que milhares de pessoas precisassem adquirir novos imóveis. Já que quatro bairros foram destruídos pela mineradora e milhares de famílias precisaram se realocar.
Valores
Os números do Índice FipeZAP+ no fechamento de 2021 mostraram ainda que as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro seguem com os maiores preços médios do metro quadrado para venda, apesar da alta mais tímida ao longo do ano: 9.708 reais e 9.650 reais no último mês do ano, respectivamente.
Outro destaque foram cidades do litoral catarinense: Florianópolis e três cidades ao norte — Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí — ficaram entre as dez cidades com o maior valor médio do metro quadrado entre as 50 que fazem parte do levantamento da FipeZAP+.