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II Simpósio de AVC reuniu especialistas na Santa Casa de Maceió

maceiobrasil (16)

O que fazer quando um paciente chega ao hospital com sintomas de ACV? Na Santa Casa de Maceió, o protocolo de AVC é acionado e toda a equipe multidisciplinar age rapidamente, desde a enfermeira da triagem, que aciona o médico da emergência para fazer o atendimento inicial e solicitar os exames diagnósticos, até o neurologista, que vai avaliar e indicar o tratamento específico para aquele caso.

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Na noite de terça-feira (19), a Santa Casa de Maceió promoveu o II Simpósio de AVC com o título Protocolo Avançado de AVC – A perfusão cerebral é o limite. O evento, que faz parte do Programa de Educação Continuada (PEC) do hospital e teve como responsáveis técnicos os médicos Eliane Rocha Lopes e André Vitório, foi direcionado ao corpo clínico da Santa Casa de Maceió, médicos residentes, equipe multidisciplinar do hospital e médicos da Unimed. O encontro contou com a participação de diversos especialistas, como a neurologista vascular e coordenadora da unidade de AVC do Hospital da Restauração de Recife, Ana Dolores Firmino do Nascimento.

Segundo a médica Eliane Rocha Lopes, o evento foi pensado para destacar a abordagem da equipe multidisciplinar. “Buscamos trazer vários especialistas que fazem intervenção na terapêutica do AVC, como neurorradiologista, neurointervencionista e neurocirurgião, para que pudéssemos abordar, de forma geral, essas possibilidade terapêuticas no paciente que tem um AVC, principalmente o AVC isquêmico, que foi o foco da reunião”, disse.

Para Ana Dolores, a interação promovida pela Santa Casa, principalmente entre capitais no Nordeste, deve sempre existir. “Temos um volume muito grande de pacientes, e Maceió também tem uma grande experiência nesses casos. Então, essa troca deveria ser mais   frequente. Em 2022, o AVC foi a patologia que mais causou óbitos no Brasil. Há mais de uma década que, no mundo, a doença é a segunda causa de óbito. Na época da pandemia tivemos a covid-19, mas o AVC vinha sempre como a segunda causa de óbito”, destacou a neurologista vascular.

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Ainda de acordo com a especialista pernambucana, o AVC é uma patologia com alta mortalidade e que traz, também, uma incapacidade muito grande. “Ela precisa ser falada, discutida pelos colegas, com a população, para que se possa reconhecer os sintomas e a ajuda médica seja iniciada rapidamente. Dessa forma, o tratamento mais adequado pode ser feito e, assim, diminuir o número de sequelas”, completou Ana Dolores.

O simpósio foi realizado no Centro de Estudos Profº Lourival de Melo Mota e contou com a presença de nomes como a da médica intensivista, Cláudia Falcão, coordenadora da UTI Geral da Santa Casa. “Além da UTI Neurológica, também atendemos muitos pacientes de AVC. Considero esse simpósio de um nível científico excelente, onde foi ensinado muitas coisas novas por especialistas que vieram de fora, assim como os da casa. Nós temos, em Alagoas, em especial na Santa Casa de Maceió, um excelente protocolo de AVC”, afirmou.

Para falar sobre os temas, o evento contou com a participação da neurorradiologista Marina Soares (Imagem avançada no AVC – Ressonância magnética e perfusão cerebral por tomografia), do neurointervencionista Rodrigo Peres (Trombectomia mecânica em janela estendida registrados na Santa Casa de Maceió); o representant da ferramenta Rapid, Renato Cunha; e do neurocirurgião, Aldo Calaça (Quando a descompressão cirúrgica é indicada).

TRATAMENTOS – Entre os vários tipos de tratamentos disponíveis na Santa Casa de Maceió, está o uso de trombolíticos, uma medicação que atua dissolvendo o coágulo formado no vaso cerebral e que está obstruindo a circulação sanguínea. Ele permite que esse fluxo seja recuperado naquela região específica do cérebro. Tal tratamento deve ser iniciado em até quatro horas e meia do início dos sintomas.

Outra possibilidade é a intervenção ou trombectomia, um tratamento empregado em pacientes com até 24 horas do início dos primeiros sintomas, a depender do caso. Nele, o médico intervencionista faz a cateterização de uma artéria, e retira mecanicamente o trombo.

MaceióBrasil