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Festas juninas podem agravar disseminação do novo coronavírus

Especialista dá dicas para cair no forró com segurança e reforça cuidados com higienização das mãos, uso de máscaras e respeito aos protocolos de distanciamento social
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Com uma taxa de ocupação dos leitos exclusivos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 no patamar de 85%, conforme relatório emitido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), os alagoanos devem continuar se protegendo para não agravar a disseminação do novo coronavírus durante os festejos juninos. A infectologista do Hospital Geral do Estado (HGE), Angélica Novaes, alerta a população sobre os riscos de fugir das recomendações contra o contágio ao cair no forró.

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“Por agora, furar a prevenção significa disseminar o vírus e contaminar mais pessoas. Se quer curtir as festas juninas, faça uma programação em casa, somente com quem tem convívio diário. Essa recomendação é chata, mas ainda necessária”, alertou Angélica Novaes. “Caso contrário, além de os hospitais aumentarem as taxas de ocupação, há o risco de se perder um ente querido por consequência do que podia ser evitado”, complementa.

Como observado ao longo da pandemia, nos dias posteriores aos períodos festivos – Réveillon, Carnaval e Semana Santa – frequentemente são registrados mais atendimentos nas unidades de saúde. É a consequência dos excessos e de outras condutas inadequadas. Na Central de Triagem para Covid-19 de Maceió, por exemplo, antes do Carnaval, mais precisamente entre os dias 1º e 7 de fevereiro, foram notificados 1.308 atendimentos; após a folia, mesmo sem os blocos de rua, entre os dias 22 e 28, o quantitativo saltou para 2.388.

“Só tem um jeito de diminuir os males da pandemia: evitando os festejos entre amigos e familiares; se precisa sair para comprar algo, não leve quem pode ficar em casa; crie programações divertidas; aproveite as lives dos artistas para dançar e interagir virtualmente com os amigos e familiares; escolha as comidas que mais se adequem a sua dieta; esqueça os fogos de artifício e as fogueiras; agasalhe-se se o clima esfriar; e se quiser brindar, não junte os copos”, orientou a infectologista do HGE.

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Todos os hospitais do Estado permanecerão abertos durante os feriados e fins de semana juninos. Quem apresentar sinais de gripe deve buscar atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ambulatórios 24 horas e Centrais de Triagem, caso os sintomas intensifiquem; se o desconforto continuar leve, basta seguir o isolamento social e se submeter ao RT-PCR após o terceiro dia de sintomas. O HGE deve ser prioridade para doenças cardiovasculares, traumas, queimaduras e demais urgências e emergências.

Vale reforçar que o Plano de Distanciamento Social Controlado do Governo de Alagoas restringe o horário de circulação de pessoas nas ruas e logradouros públicos entre 21h e 5h da manhã. Também proíbe o acesso, a circulação e a utilização das praias, marinas, rios e lagoas, inclusive os calçadões, no sábado, domingo e feriados, para qualquer tipo de atividade comercial ou social. E não é recomendável à saúde, e ao meio ambiente, a queima das tradicionais fogueiras e fogos de artifício. Por fim, lembre-se de higienizar as mãos com água e sabão ou álcool 70%, usar máscaras ao sair de casa e respeitar os protocolos de distanciamento social.

Até o momento, quase 10% do público-alvo recebeu a segunda dose do imunizante contra o novo coronavírus. Dados que demonstram ser necessário manter o isolamento social e evitar aglomerações, que costumam ocorrer nas festas juninas. Isso porque, segundo a infectologista do HGE, é necessário que o Estado alcance a taxa aproximada de 70% de alagoanos vacinados para que a situação se mostre amena, como tem acontecido em outros países.

MaceióBrasil