A Polícia Científica de Alagoas confirmou nesta sexta-feira, 6 de dezembro, que o vazamento e confinamento de gás foram os responsáveis pela explosão que desabou o residencial Maceió I. A tragédia, que ocorreu no início do mês passado, resultou na morte de três pessoas, destruição de imóveis e na interdição de 20 residências pela Defesa Civil.
Segundo os peritos criminais, o epicentro da explosão foi identificado próximo ao banheiro do apartamento 731 B, onde havia botijões de gás armazenados de forma irregular. A força do impacto destruiu estruturas em um raio de 155 metros, com crateramentos no terreno confirmando a origem do desastre.
No processo de apuração, a equipe técnica coletou 52 vestígios e realizou 35 exames no Laboratório de Química Forense. Entre os procedimentos destacados, o uso de microscópio eletrônico de varredura permitiu identificar fissuras e rachaduras nos materiais próximos ao epicentro. Amostras de solo e gás também passaram por rigorosas análises químicas para reconstruir a dinâmica do evento.
Além do vazamento de gás, modificações irregulares no edifício contribuíram para a magnitude do acidente. Alterações realizadas no térreo do prédio, sem aprovação de engenheiros, comprometeram a resistência estrutural. O perito Marcelo Velez ressaltou que essas mudanças agravaram o impacto, culminando no colapso do edifício.
A explosão ocorreu na madrugada do dia 7 de novembro, às 4h, quando o impacto destruiu parte do residencial Maceió I. Três pessoas perderam a vida, incluindo o menino Tharlysson, e várias outras ficaram feridas. O tremor foi sentido em áreas próximas, e pelo menos oito apartamentos foram completamente destruídos.
Em resposta, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil organizaram uma ampla operação de resgate e isolamento. Investigações complementares continuam para esclarecer outros fatores que possam ter contribuído para a tragédia.