Um estudo de sonar realizado por uma empresa terceirizada contratada pela Braskem detectou movimentação na mina 20/21, próxima à que colapsou em Maceió. O exame, conduzido em 20 de janeiro, revelou que a mina está agora a 723,78 metros abaixo da superfície da lagoa Mundaú. A cavidade, resultante da conexão das minas 20 e 21 ao longo do tempo, possui 121 metros de altura por 96 metros de largura, com um volume de 340,297 m³.
Segundo a Defesa Civil Estadual, a movimentação detectada foi de 5 metros em direção à superfície, levantando preocupações sobre a estabilidade da estrutura. A Braskem manteve 35 minas na região para extração de sal-gema, e desde que as primeiras rachaduras surgiram em casas e ruas, mais de 14 mil imóveis foram evacuados em cinco bairros, impactando cerca de 60 mil pessoas.
O estudo de sonar, que verifica diâmetro, altura e volume, é crucial para o monitoramento da situação das minas. As análises apontam uma redução na distância entre o topo da mina 20/21 e a superfície da lagoa, indicando movimentação vertical. A preocupação com a estabilidade das minas persiste, e a próxima a ser analisada é a mina 29, que está próxima à mina 18, onde ocorreu o colapso.
A Defesa Civil Estadual destaca que o risco para a população é considerado zero, pois todos os imóveis no entorno da mina já foram desocupados. No entanto, o monitoramento contínuo é essencial diante da incerteza quanto ao potencial colapso, semelhante ao ocorrido na mina 18.