Quem conviveu com o ginecologista e obstetra Ronaldo Gomes Bernardo lembra que uma de suas maiores qualidades era compartilhar o que havia aprendido ao longo da vida. Atalaiense, foi um dos profissionais que participou ativamente da construção da história da Santa Casa de Maceió. Na sexta-feira (23), o Estar Médico do Centro Cirúrgico recebeu uma placa com seu nome.
“Dr. Ronaldo gostava, imensamente, de ficar nos intervalos das cirurgias, conversando e passando conhecimentos seus em troca de experiências com colegas cirurgiões. Concretizamos essa homenagem que já tinha sido aprovada há alguns anos, logo após seu falecimento. Sem dúvidas, a Santa Casa se sente orgulhosa de ter tido um profissional como ele em seu corpo clínico”, disse o provedor da instituição, Humberto Gomes de Melo, durante discurso para uma plateia atenta, formada pela equipe médica do hospital, diretores, gestores, membros da Mesa Administrativa, colaboradores e familiares do médico.
Instalado no Centro Cirúrgico da sede do complexo hospitalar, o Estar Médico é um espaço de convivência e interação entre os profissionais. Utilizado entre os procedimentos cirúrgicos, o ambiente foi pensado para ser um local calmo e livre de distrações.
“Temos uma gratidão muito grande para com a instituição, pois meu pai tinha um laço gigantesco com a Santa Casa de Maceió, que o acolheu de uma forma muito fraterna. Ele gostava demais das atividades desenvolvidas aqui e principalmente do convívio social com o corpo clinico do hospital. Ele tinha nesse ambiente um local de acolhimento, de encontro com amigos, de discussão técnica dos aspectos médicos, jurídicos, e éticos. Ele tinha um prazer imenso de passar um tempo no Estar Médico”, afirmou o urologista Rogério Bernardo, filho do homenageado.
Pouco antes da aposição da placa, o cônego João José de Santana Neto, membro da Mesa Administrativa do hospital, falou sobre os vários tipos de amor e abençoou o ambiente e as pessoas presentes. Dona Reia Silva Correia Bernardo, esposa do homenageado, não conseguiu segurar a emoção.
“Ele se doava mesmo à Santa Casa, pois tudo o que fazia, ele gostava de fazer perfeito. Esse reconhecimento é a prova de que tudo o que ele plantou foi bom. Ronaldo sempre procurava ser amigo e abraçar cada causa. Tivemos uma convivência de 48 anos. As coisas que ele fez em prol da família, a dedicação com os filhos, pois mesmo com a vida de trabalho, ele sempre estava presente, e seu maior prazer era estar em família. Para ele família estava sempre em primeiro lugar”, relembrou. Além de médico, Dr. Ronaldo era auditor fiscal aposentado e advogado.
“Na Santa Casa foi onde ele passou mais tempo, se identificou, e se doou. Sou muito grata pela homenagem e ainda mais grata pelos filhos que tenho, que são um legado deixado por ele, que carregam a responsabilidade, honestidade, e sinceridade como ensinamentos para novas etapas”, finalizou Dona Reia.
