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Defesa Civil de Maceió registra 89% da chuva esperada para agosto em quatro dias

Somente nas últimas 24 horas, o órgão registrou 59 ocorrências relacionadas a chuva, sendo nove chamados por deslizamento e outros dois de ameaça de deslizamento
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Em pouco mais de três neste início do mês de agosto foi constatado 179 milímetros de chuva acumulados. O número sozinho pode até não ser muito significativo para a população de Maceió, entretanto, quando comparado com a previsão da Normal Climatológica, que aponta um volume de 201 milímetros para todo o mês, entende-se os transtornos causados à capital em um curto período de tempo.

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Estes 179 milímetros representam 89% do que se espera para todo o mês, ou seja, é muita água para muito pouco tempo. Isso reflete diretamente nos atendimentos realizados pela Defesa Civil de Maceió. Nas últimas 24 horas, o órgão registrou 59 ocorrências relacionadas a chuva, sendo nove chamados por deslizamento e outros dois de ameaça de deslizamento.

O caso mais grave ocorreu no bairro do Feitosa, onde o deslizamento de uma barreira fez com que o muro de duas casas desabasse sobre outros dois imóveis. Esses dois imóveis atingidos precisaram ser demolidos pelo risco de um novo deslizamento no local, o que acabou gerando risco uma quinta residência num trecho mais abaixo da barreira.

Equipes das diretorias Operacional e Social da Defesa Civil de Maceió estiveram no local desde as primeiras horas da manhã e prestaram assistência aos moradores das casas atingidas e acionaram outras secretarias do município para tomar as providências em relação aos imóveis e, principalmente, as pessoas vítimas do deslizamento.

O casal Edjane dos Santos e Francisco Chagas Lima Souza foi encaminhado para o abrigo municipal. Já Valdenice Menezes dos Santos recusou abrigamento e foi para casa de parentes. As duas famílias foram encaminhadas para o Centro de Atendimento Socioassistencial (Casa). Equipes da Superintendência de Desenvolvimento Sustentável farão a limpeza do local.

A atuação do órgão não se limitou ao atendimento a população. Ainda pela manhã o coordenador geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, vistoriou a ação de colocação de lonas de contenção que iniciou semana passada. Durante a vistoria o coordenador decidiu suspender a ação devido ao risco ao qual os técnicos da Sudes estavam sendo expostos.

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“Esse tipo de ação, ainda que esteja sendo feito para minimizar os impactos da chuva em áreas críticas, precisa ser feito de forma que preserve a segurança dos técnicos, afinal de contas as pessoas são o nosso maior patrimônio”, afirmou o corrdenador.

Entre as ocorrências mais presentes há o registro de pontos de alagamentos, alguns deslizamentos de barreira de pequena proporção, onde não houve registro de danos ou feridos, e duas ocorrências de quedas e outras 12 de ameaça de queda de árvores.

O Cimadec, Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió, segue monitorando as condições climáticas de Maceió. “A previsão que recebemos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos aponta para previsão de chuvas intercaladas com períodos secos até a próxima sexta-feira, pelo menos, por isso nós seguimos monitorando as áreas de risco de forma permanente”, explicou Joanna Borba, coordenadora do Cimadec.

Já a diretoria operacional, destacou que as ocorrências registradas hoje são fruto da iniciativa da própria Defesa Civil. “Desde a terça-feira, quando a chuva se intensificou, nós fomos pra rua realizar o trabalho de monitoramento e identificar as ocorrências que acabam não sendo registradas pelos moradores por acreditar que é irrelevante. Até as 16 horas de hoje apenas 51 ocorrências havia sido abertas pelo nossa central telefônica, e ainda ficamos com equipes nas ruas que poderão fazer com que o número total suba com o que for identificado nos nossos bairros”, descreveu o diretor operacional, Osvaldo Palagani.

MaceióBrasil