A Defesa Civil de Maceió apresentou um conjunto de recomendações técnicas para a retomada da circulação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nos bairros afetados pelo afundamento do solo, causado pela mineração de sal-gema. A suspensão do transporte, vigente desde 2020, impactou a mobilidade urbana e a rotina de trabalhadores. Agora, estudos em parceria com instituições japonesas apontam soluções para um retorno seguro à região.
Em novembro deste ano, uma equipe técnica da Defesa Civil de Maceió visitou o Japão para conhecer as melhores práticas de gerenciamento de emergências sísmicas ferroviárias. A parceria com o Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo (MLIT) e o Railroad Technical Research Institute proporcionou acesso a tecnologias avançadas de monitoramento e mitigação de riscos.
Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, destacou a importância dessas inovações: “Essas tecnologias trouxeram resultados satisfatórios no Japão e poderão ser adaptadas para minimizar os impactos desse desastre aqui em Maceió.”
Recomendações para a operação segura do VLT
Para garantir o retorno do VLT com segurança, a Defesa Civil elencou uma série de medidas que devem ser cumpridas pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), incluindo:
- Conclusão das obras de estabilização e contenção da encosta do Mutange.
- Equipar trilhos com tecnologias de mitigação de riscos e monitoramento em tempo real.
- Continuidade no preenchimento das cavidades subterrâneas com areia, conforme estudos técnicos.
- Monitoramento contínuo do trecho ferroviário na Av. Major Cícero de Góes Monteiro.
O retorno da circulação será limitado ao tempo necessário para a passagem do trem, sem construção de paradas nos bairros afetados. O sistema contará com tecnologia de ponta para monitoramento ininterrupto, garantindo a segurança dos usuários.
“A política de desastre não permite a ocupação permanente da região. Nosso objetivo é devolver a mobilidade urbana com total segurança”, explicou Nobre.