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Conciliar é verbo condutor na rotina das mulheres

Profissionais da Santa Casa de Misericórdia de Maceió falam sobre conquistas e desafios
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Solange Novelli, Daniela Broad e Fabrícia Araújo são mulheres que escolheram a área da Saúde para trabalhar. Todas atuam na Santa Casa de Maceió e neste Mês da Mulher representam exemplos de sucesso e dividem os desafios e as conquistas das profissões escolhidas: médica, enfermeira e fisioterapeuta. “Sempre falava para minha mãe que quando eu crescesse que queria ser médica “pe-di-á-tri-ca”.

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Realizei esse sonho e acredito que a mulher tem uma sensibilidade maior para as exigências desse trabalho. Claro que existem exceções, mas a natureza feminina é mais delicada, pois traz consigo o instinto maternal. E maternar é isso: cuidar, apoiar, e proteger”, contou a médica paulistana, Solange Novelli, que mora em Maceió há 21 anos e atua na UTI Neurológica do hospital, sendo responsável pelos boletins médicos e contato com os familiares do paciente.

O maior desafio? Conciliar tudo o que faz dentro e fora do ambiente de trabalho. “De uns anos para cá, a parte financeira pesa muito e hoje a mulher entra com uma contribuição importante na manutenção da casa, especialmente quando se pensa nas mães solo, cuja responsabilidade é muito grande. Além de médica, sou mãe e mulher, então preciso gerenciar esse tempo para que ele seja de qualidade”, disse a profissional.

Daniela Broad atua na Santa Casa de Maceió desde 2004, quando iniciou como estagiária. Atuou como enfermeira assistencial, foi supervisora de unidade, assumiu a coordenação, e, posteriormente, a Gestão de Enfermagem. “Ainda é um desafio para as mulheres se destacarem no mercado de trabalho competitivo. Estamos deixando de ser aquela que, exclusivamente, permanece em casa, cuidando de filhos e desenvolvendo atividades domésticas. Atualmente, conseguimos terceirizar estas atividades, porém, ao concluir a jornada de trabalho, desempenhamos uma outra jornada: a de ser esposa, mãe, amiga, filha…”, afirmou.

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Para Daniela Broad, em relação aos cargos estratégicos, o momento vem se mostrando cada vez mais favorável. “Nos últimos anos estamos buscando, de maneira mais acentuada, a equidade na sociedade. Acerca do ambiente hospitalar, não era comum mulheres assumirem cargos estratégicos para tomada de decisão. Hoje, diversas mulheres possuem voz ativa frente às definições e gerenciamento dos processos. Orgulho-me de assumir um desses cargos. Ainda temos um longo caminho para percorrer, entretanto, já é possível vislumbrar um progresso”, disse.

A Santa Casa de Maceió tem pouco mais de três mil colaboradores. Destes, cerca de 2500 são mulheres. “Muitas vezes, conciliar a vida profissional com a pessoal não é fácil, mas sou apaixonada pelas duas rotinas e o equilíbrio entre elas é fundamental”, destacou a fisioterapeuta Fabrícia Jannine Torres Araújo, coordenadora do Núcleo de Reabilitação, que está na instituição desde 2004.

Para ela, o gerenciamento do tempo na busca de se manter constantemente atualizada profissionalmente, sem perder a magia do dia-a-dia familiar, é um dos maiores desafios. “Isso faz com que tenhamos a necessidade de nos dedicarmos mais. Mas o mercado está melhorando e conquistamos nosso espaço”, finalizou.

MaceióBrasil