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Com 95,5 pontos em dezembro, consumo tem o melhor desempenho de 2021

Apesar de positivo, quando comparado a 2020, 45,2% das famílias compraram menos e 54,4% acham que o consumo tende a continuar menor
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Pesquisa do Instituto Fecomércio AL realizada em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) demonstra que o ritmo de final de ano repercutiu positivamente na capital alagoana e, em dezembro, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) marcou 95,5 pontos, sendo o maior patamar de todo o ano de 2021. O desempenho marca uma trajetória ascendente com um incremento de 6,4% comparado a agosto do mesmo, quando registrou a menor pontuação com 89,3 pontos.

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Na variação mensal (nov/dez) houve um incremento de 2,5%, indicando uma tendência de recuperação, tanto que o desempenho de dezembro ultrapassou o do mês de março, até então a maior marca anual com 93,4%. O indicador mensura o grau de satisfação em termos de emprego, renda atual e capacidade de consumo e, embora tenha se mantido um ritmo crescente a partir de setembro, ainda permaneceu abaixo dos 100 pontos ao longo do ano.

Como tradicionalmente acontece no período, a crescente no consumo foi impulsionada pela renda extra advinda do 13º salário e das férias, reforçada pelas festividades de final de ano e pela alta temporada do turismo em Maceió. “Este conjunto de fatores pode ser somado à estabilidade no caso de óbitos e contaminações de Covid-19, até então sentida durante o segundo semestre de 2021, o que deu mais confiança às pessoas a frequentarem locais de consumo”, acrescenta Victor Hortencio, assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio AL).

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Apesar de um cenário mais positivo, quando comparado dezembro de 2021 com o de 2020, 45,2% das famílias disseram estar comprando menos e 54,4% acham que o consumo tende a continuar menor.

Subíndices

De acordo com a pesquisa, o subíndice que mensura o grau de no emprego atual teve queda de -0,5, o que pode indicar estabilidade nesse quadrante, considerando que entre os meses de junho e novembro houve um saldo positivo de 8.812 postos de trabalho entre o volume de admissões e desligamento. “E em todos os meses do ano foram vistos saldos positivos da mesma forma. Apesar disso, segundo dados do IBGE, Alagoas ainda possui a quarta maior taxa de desocupação do Brasil com 17,1% da população desempregada”, diz o economista.

Também em queda, o subíndice de acesso ao crédito ficou -2,3 abaixo do registrado de novembro, reflexo da alta de juros que fechou o ano 9,25% – o maior patamar desde 2017 – e ainda mantendo a tendência de alta, segundo o Boletim FOCUS. “Essa alta da taxa impacta de forma decisiva na contratação de empréstimos no país e, como consequência, afeta a intenção de consumo de bens duráveis, que deve se manter estável ou com crescimento sem grande relevância”, explica Victor.

MaceióBrasil