Cerca de dois mil imóveis localizados na encosta do Mutange, em Maceió, começam a ser demolidos pela Braskem nesta quinta-feira (6). Eles estão construídos na área onde será executado o projeto de estabilização e drenagem da região. O Mutange é um dos bairros afetados pelo afundamento do solo causado pela mineração.
Essa é a primeira de quatro etapas que compõem o projeto, abrangendo uma área com cerca de 200 mil m². A Braskem prevê concluir o trabalho até o final de 2022.
Serão demolidos primeiro 227 imóveis que estão localizados ao longo da Avenida Major Cícero, na parte plana e base da encosta do Mutange. Em seguida, os imóveis da área íngreme vão ser derrubados.
A segunda etapa é de terraplenagem, serviço para suavizar as inclinações do terreno. Na sequência, o projeto prevê a construção de um sistema de drenagem da água das chuvas. Na quarta e última etapa, a petroquímica planeja realizar o plantio de vegetação.
O projeto está incluído no Termo de Acordo Socioambiental firmado em dezembro de 2020 entre o Ministério Público Federal e a Braskem, com participação do Ministério Público Estadual de Alagoas.
Parte dos materiais da demolição será reciclada para ser reutilizada na construção civil. Segundo a Braskem, o projeto tem licença e autorização dos órgãos competentes, que vão acompanhar os trabalhos realizados na encosta.
A área está cercada com tapumes e tem placas de sinalização. Apenas pessoas autorizadas podem circular no local. Um sistema de monitoramento vai ser instalado na região para garantir a segurança na execução da obra.
