O prefeito JHC lançou, nesta quarta-feira (14), o Programa Bolsa Escola Municipal (BEM), que vai atender mais de 53 mil estudantes da rede municipal de ensino de Maceió, com benefícios no valor de R$ 70,00 a R$ 300,00 pagos às famílias por meio do aplicativo Caixa Tem e da Conta Social Digital. Em solenidade na Escola Municipal Kátia Assunção, no bairro do Jacintinho, JHC destacou os impactos positivos que o programa trará para os alunos, ao dizer que neste momento de pandemia o BEM será um legado deixado em Maceió.
Para as famílias que não possuem o Caixa Tem, a Prefeitura entrará em contato para realizar o cadastro e efetuar o pagamento.
“O BEM é um programa inédito de transferência de renda para essas famílias que precisam. Enfrentamos durante todo esse período uma pandemia cruel e temos crianças passando por dificuldade alimentar, e o benefício vem para fortalecer o vínculo da criança com a escola que foi perdido na pandemia”, afirmou JHC.
O gestor disse ainda que a educação é o caminho, mas que para isso é preciso proteger o direito à segurança alimentar. “Não se faz educação e nem se vive de barriga vazia. Quando compreendemos os dramas, a gente percebe ainda mais a relevância de um programa como esse, pois o maior investimento que se deve fazer numa gestão é na educação”, ressaltou, ao destacar que o BEM é um programa democrático porque estará nos bairros, nas favelas.
O vice-prefeito, Ronaldo Lessa, parabenizou as equipes da Secretaria de Educação pela dedicação e afirmou que o benefício é fundamental diante da pandemia. “Fico feliz de estar aqui hoje, porque estou ao lado de pessoas empenhadas na valorização da educação. Hoje muita gente precisa desse dinheiro, porque pode parecer pequeno, mas diante do que estamos vivendo é fundamental”, falou.
O senador Rodrigo Cunha, que também participou da solenidade, parabenizou a iniciativa da Prefeitura pela busca ativa dos alunos e por fazer com que as mães busquem as escolas para matricular os filhos.
“Um dos maiores efeitos da pandemia com certeza está na educação. E Maceió está dando exemplo. Em várias cidades do país estamos perdendo alunos, e Maceió bateu o recorde de matrículas, e esse sem dúvidas é um dos atrativos. Parabenizo a Prefeitura por realizar a melhor busca ativa e fazer com que as mães procurem a Prefeitura e matricule seu filho”, parabenizou.
Recursos próprios
O Bolsa Escola Municipal é custeado com recursos próprios da Prefeitura de Maceió e o investimento vai injetar R$ 4 milhões mensalmente na economia local. A partir desta quinta-feira (15), como explica o secretário de Educação, Elder Maia.
“Os pagamentos já serão iniciados, isso porque 80% dos cadastrados já estão na base de dados da Caixa Econômica Federal. Na quinta, recebem o benefício as pessoas nascidas de janeiro a junho, e na sexta-feira, os cadastrados de julho a dezembro. Fizemos uma coleta de dados e a Caixa identificou os CPFs que já estavam cadastrados, então isso facilitou para o pagamento iniciar amanhã. Em Maceió, educação é prioridade”, explicou Elder Maia.
“Vai ser a salvação”
O BEM vai beneficiar os estudantes de todas as escolas municipais e terá duração de três meses. Michelle Maximiniano Santos Silva de Souza é mãe de quatro filhos e para ela o benefício é sinônimo de esperança. Com a mais nova, Mikaelly, de 5 anos, ela acompanhava a solenidade emocionada.
“Estou desempregada, meu marido me deixou e esse benefício vem a calhar na minha vida. Estou emocionada, não esperava receber esse dinheiro, não tenho comida em casa, estou comendo na casa de familiares. Vai ser a minha salvação e dos meus filhos”, disse sem conter as lágrimas.
Essa é uma realidade compartilhada por quase todos os estudantes beneficiados, como é o caso da aluna Maria Clara Almeida Barbosa. De acordo com ela, o BEM vai contribuir nas despesas de casa.
“Esse benefício vai ajudar porque só meu tio trabalha e minha mãe não tem trabalho fixo. Vai ser um dinheiro a mais. Estou mais tranquila por saber que agora não vai faltar nada. Quero agradecer ao prefeito JHC porque ele ajudou bastante os alunos”, afirmou a aluna.
Marlúcia Soares da Mota Silva tem 46 anos e é aluna do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Ela contou que parou de estudar em 1996 e decidiu voltar à sala de aula.
“Agora eu disse: preciso estudar. Está ajudando até no meu psicológico. É muito gratificante. Com essa ajuda agora também, do Bolsa Escola Municipal, vai me ajudar muito. Fiquei tão emocionada. Pra mim, a palavra é gratidão”, ela disse, ao informar que não está trabalhando porque tem problemas de saúde e só o marido trabalha, recebe salário mínimo.