Em atividade desde fevereiro deste ano, o Serviço de Cirurgia Robótica da Santa Casa de Maceió realizou cerca de 85 cirurgias em diversas especialidades, como o tratamento de patologias urológicas e oncológicas, além de procedimentos bariátricos. Na sexta-feira (28/07), a equipe do cirurgião urologista Gustavo Mendonça contou com o auxílio do radiologista e especialista em diagnóstico por imagem Thiago Costa de Almeida para a localização e retirada de um tumor.
A interação entre as equipes faz parte da filosofia do hospital alagoano, que, nos últimos dois anos tem reforçado o investimento em tecnologia e capacitações. “O alinhamento entre a cirurgia robótica e a radiologia foi fundamental neste caso. O paciente sofria com um tumor renal complexo e, sem a presença do radiologista com o ultrassom dentro da sala, não seria possível localizar o nódulo e retirá-lo sem prejuízo ao rim”, disse Gustavo Mendonça, coordenador do Programa de Cirurgia Robótica da Santa Casa de Maceió.
O paciente passou por uma nefrectomia parcial, que é quando apenas o tumor é retirado, preservando o parênquima renal sadio. Nesta etapa os instrumentos robóticos facilitaram a realização dos movimentos permitindo maior precisão e garantindo mais agilidade ao cirurgião.
Por ser um hospital completo, a união de tecnologia e conhecimento faz parte o dia a dia da Santa Casa de Maceió. “Nessa cirurgia não bastava só o robô. Usualmente, conseguimos ver na parede do rim onde o tumor estava. Mas, nesse caso, ele era totalmente endofítico, ou seja, estava no centro do rim. Com um ultrassom, o radiologista localizou a lesão e fizemos o que é preconizado na cirurgia renal, que é poupar o órgão, isso com a melhor tecnologia, que é o robô, e o auxílio de um radiologista. Essa integração mostra que a Santa Casa de Maceió é um hospital completo”, finalizou o cirurgião.
Com sangramento mínimo, o paciente ficou apenas um dia internado, em uma cirurgia, onde, antigamente, o profissional acabava retirando o órgão.
DA VINCI – Sobre o Programa de Cirurgia Robótica implementado no hospital este ano, o coordenador o Serviço destacou o sucesso em pouco tempo de exercício. “São mais de 85 cirurgias realizadas, com expectativa de chegarmos a 100 cirurgias em pouco mais de 6 meses de programa robótico. Número fantástico, quando comparado com outras instituições do Brasil que colocaram a plataforma Da Vinci”, finalizou Gustavo Mendonça.