Os trabalhadores formais têm até quinta-feira (28) para sacar o abono salarial do PIS/Pasep de 2023, referente ao ano-base 2021. Caso não seja feito o saque, o dinheiro retorna para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Segundo a Caixa, 84,5 mil trabalhadores não sacaram o benefício até o momento, totalizando R$ 71,1 milhões aguardando resgate.
O abono salarial, criado em 1990 como auxílio financeiro a trabalhadores de menor renda, é destinado a quem exerceu função com carteira assinada, por empregador pessoa jurídica, por pelo menos 30 dias, com remuneração média de até dois salários mínimos. É necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), e o trabalhador deve estar cadastrado no programa PIS/Pasep há pelo menos cinco anos. Não têm direito, por exemplo, os trabalhadores domésticos e outros empregados por pessoa física.
Em 2023, o valor do abono é proporcional ao período trabalhado em 2021. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 108,50, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada recebe o salário mínimo cheio (R$ 1.302).
Caso não saquem até o prazo, ainda é possível recuperar o dinheiro, mas é necessário abrir um processo administrativo junto ao Ministério do Trabalho.
Os recursos do Programa de Apoio Social (PIS) são pagos pela Caixa aos trabalhadores do setor privado, enquanto o dinheiro do Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público (Pasep) é pago via Banco do Brasil. Os trabalhadores podem verificar se têm direito ao benefício por meio do aplicativo Carteira Digital de Trabalho.