A partir desta segunda-feira (1º), o salário mínimo oficial será de R$ 1.412, marcando um aumento de 6,97% em relação ao valor anterior de R$ 1.320, que vigorou de maio a dezembro de 2023. O novo valor, que será pago a partir de fevereiro referente à folha de janeiro, foi aprovado no Orçamento Geral da União de 2024.
O reajuste de R$ 1.412 corresponde à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses encerrados em novembro, totalizando 3,85%, somado ao crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A nova política de valorização do salário mínimo, enviada pelo governo em maio e aprovada pelo Congresso em agosto, beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores e resultará em um acréscimo de R$ 69,9 bilhões na renda anual.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário mínimo também impulsionará o consumo, levando a um aumento na arrecadação de R$ 37,7 bilhões para o governo, considerando União, estados e municípios.
Ao descontar a inflação pelo INPC, o salário mínimo terá ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023, quando passou a vigorar o mínimo de R$ 1.320. Se considerar o salário mínimo de R$ 1.302, que vigorou de janeiro a abril, o ganho seria menor, de 4,69%. A nova política de reajuste representa uma retomada do modelo utilizado de 2007 a 2019, considerando a correção pelo INPC mais o crescimento do PIB de dois anos antes. De 2020 a 2022, o salário mínimo foi corrigido apenas pelo INPC, sem ganhos reais. No ano passado, houve dois aumentos, totalizando um ganho real de 2,8% em relação ao mínimo de 2022.
