Search
Close this search box.
Search

Reforma Tributária: Mudanças que podem impactar os preços dos alimentos

A nova Lei Complementar nº 214/2025 pode tornar alimentos mais caros para os brasileiros.
Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Reforma Tributária, sancionada no início de 2025 com a Lei Complementar nº 214/2025, trouxe alterações significativas no sistema tributário do Brasil, com a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituem tributos como ICMS e Cofins. No entanto, essa substituição pode resultar em aumento de preços para itens essenciais da cesta básica.

PUBLICIDADE


PUBLICIDADE


O professor de Direito Tributário, Caio Bartine, explica que, com o novo modelo, produtos atualmente isentos ou com alíquotas reduzidas, como arroz e feijão, poderão ser tributados pelo IBS, o que pode gerar aumento nos preços desses alimentos. Embora a lei preveja uma alíquota reduzida, o impacto na cadeia produtiva pode não ser inteiramente compensado pelo novo sistema de créditos financeiros, resultando em preços mais altos.

Além de arroz e feijão, outros alimentos da cesta básica, como leite, carne e óleos, também podem perder isenções estaduais e ter seus preços elevados. A transição para o novo sistema pode gerar custos administrativos e reajustes nos preços, afetando principalmente as famílias de baixa renda, que destinam uma parcela significativa da renda à alimentação.

Leia também:  PGR denuncia Bolsonaro e mais 33 por tentativa de golpe de Estado

Bartine também alerta para os desafios do regime de cashback, que devolve parte do imposto pago para as famílias de baixa renda. Embora o cashback possa amenizar os impactos, ele não reduzirá o preço dos produtos e sua implementação pode demorar, sem garantir uma compensação integral.

Impactos a curto e longo prazo

O especialista em direito tributário aponta que, no curto prazo, a reforma poderá aumentar a inflação e o custo de vida, afetando o consumo e a renda disponível. No longo prazo, a simplificação tributária pode trazer maior eficiência econômica, redução dos custos administrativos para as empresas e melhoria na competitividade global do Brasil. No entanto, a eliminação de benefícios fiscais estaduais pode gerar um ambiente mais equilibrado para investimentos, mas também aumentar a arrecadação do governo.

MaceióBrasil