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Políticos brasileiros e seus familiares possuem fazendas em terras indígenas, revela dossiê

Observatório De Olho nos Ruralistas lança a segunda parte do dossiê "Os invasores", revelando a presença de políticos e seus familiares como proprietários de fazendas em terras indígenas no Brasil.
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Imagem: Imagem: EBC/TV BRASIL

De acordo com o observatório De Olho nos Ruralistas, 42 políticos brasileiros e seus familiares de primeiro grau são titulares de fazendas que estão localizadas dentro de terras indígenas. Essa situação configura uma irregularidade legal e representa uma ameaça aos direitos constitucionais dos povos indígenas que habitam essas terras.

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A segunda parte do dossiê “Os invasores” está sendo lançada hoje à noite, no Cine Petra Belas Artes, em São Paulo. O evento inclui um debate sobre a temática e a exibição do premiado documentário “Vento na fronteira”, que retrata um conflito entre fazendeiros e indígenas guarani-kaiowá na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

A primeira parte do relatório foi divulgada durante o Abril Indígena, um mês dedicado a dar maior visibilidade às lutas indígenas em todo o país. Naquele documento, já havia sido informada a identificação de 1.692 sobreposições de terras, sendo que agora se destaca a porção relacionada aos clãs políticos.

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O observatório identificou as sobreposições de terras por meio da análise de dados fundiários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), utilizando as bases do Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), do Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) e do Sistema Nacional de Certificação de Imóveis (SNCI). No total, os políticos e suas redes possuem 96 mil hectares de terra, o equivalente à soma das áreas urbanas do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.

Mato Grosso do Sul lidera a lista com 17 casos de sobreposição de terras por políticos e seus familiares. Em seguida, aparecem Mato Grosso e Maranhão, cada um com sete casos.

MaceióBrasil