Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com a Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco (Fiocruz), estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra o vírus zika, transmitido pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
A vacina de DNA, elaborada pelos pesquisadores, mostrou-se eficaz em testes realizados em camundongos, induzindo uma resposta imune que protegeu os roedores da infecção. Maria Sato, professora da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), explicou em entrevista ao Jornal da USP que foram criadas quatro formulações de vacina de DNA, todas codificando parte do complexo proteico que reveste externamente o vírus zika, sendo selecionada a mais eficaz delas.
Além disso, as vacinas de DNA têm potencial para serem mais acessíveis financeiramente e potencialmente mais eficazes do que as vacinas feitas com vírus inativado ou atenuado. A pesquisa recebe apoio da Fapesp, bem como financiamento de instituições como a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação Oswaldo Cruz e o programa da União Europeia Horizon 2020.
Atualmente, não existem tratamentos ou vacinas aprovados para a doença causada pelo vírus zika. A semelhança do zika com os quatro sorotipos da dengue também dificulta o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra ele.