A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda apresentou novas projeções macroeconômicas para 2025, apontando uma possível desaceleração na inflação dos alimentos. De acordo com o órgão, o cenário climático mais favorável e a expectativa de safras recordes devem contribuir para a redução dos preços, especialmente de cereais, leguminosas, frutas e hortaliças.
A oferta de carne também deve aumentar em 2025, impulsionada pelo fim da reversão do ciclo de abate, processo que levou a um encarecimento do produto em 2024. Com mais animais disponíveis para o mercado, a tendência é de que a inflação do setor desacelere neste ano.
No ano passado, fatores como estiagens, queimadas e a doença greening, que afeta a produção de cítricos, pressionaram os preços de itens como café, leite e laranja. Já o maior impacto veio da redução no abate de bovinos, associada ao crescimento das exportações, o que elevou os preços da carne bovina em mais de 19% ao longo de 2024.
Caso essa alta não tivesse ocorrido, a inflação dos alimentos teria fechado o ano passado em 6,2%, em vez dos 8,2% registrados, e o índice geral de inflação teria ficado dentro da meta estabelecida.
Para 2025, a projeção do Ministério da Fazenda é de uma elevação de 4,8% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), variação semelhante à observada no ano anterior.
