Movimentando 109 mil toneladas em outubro, as exportações de carne bovina, frescas e processadas geraram uma receita de US$ 541,6 milhões para o Brasil, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
No entanto, se comparado com o ano passado, houve uma queda de 43% no volume e 31% na receita. A causa da queda foi o embargo à carne brasileira, imposto pela China, após a ocorrência de dois casos de Mal da Vaca Louca no Brasil, no começo de setembro e o embargo continua.
Segundo a Abrafrigo, em outubro do ano passado, 190 mil toneladas de carne haviam sido sendo exportadas. Conforme técnicos pecuários ligados à Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), ainda não há sinalização oficial da China para o fim do embargo e, se a medida continuar até dezembro, o prejuízo é estimado em US$ 1,8 bilhão.
No fim da semana passada, a consultoria IHS Markit informou à imprensa que a China estaria buscando novos fornecedores mundiais de carnes bovinas para ocupar a lacuna deixada pelo Brasil e, recentemente, o governo chinês habilitou frigoríficos uruguaios para exportação, o que teria valorizado a arroba do boi por lá.
Em 2010, a China ficou dois anos sem comprar carne bovina do Brasil devido à ocorrência de um caso atípico do Mal da Vaca Louca ocorrido no Paraná. A Abrafrigo afirmou que, no mês passado, seguiram para a China apenas lotes residuais de carnes, que totalizaram 27,7 mil toneladas. No mês anterior, as exportações de carne bovina para a China haviam totalizado 132,4 mil toneladas.