O dólar tem registrado uma valorização expressiva frente ao real brasileiro, atingindo novos patamares. Em 5 de novembro de 2024, a moeda era cotada a R$ 5,67 e ontem, 17 de dezembro, alcançou o recorde nominal de R$ 6,20, encerrando o dia a R$ 6,0956.
Essa valorização reflete tanto fatores internos quanto externos. No Brasil, o recente anúncio fiscal do governo gerou incertezas entre os agentes econômicos, afetando ativos financeiros, expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Já no cenário global, a expectativa de aumento das taxas de juros nos Estados Unidos tem fortalecido o dólar, aumentando sua demanda nos mercados internacionais.
Para conter a volatilidade cambial, o Banco Central do Brasil realizou leilões de dólares no mercado à vista, injetando US$ 3,3 bilhões em 17 de dezembro. A medida ajudou a reduzir momentaneamente a cotação, que chegou ao pico de R$ 6,20 durante o dia.
A alta do dólar tem efeitos diretos na economia brasileira, especialmente ao encarecer produtos importados, como alimentos, combustíveis e eletroeletrônicos. Isso agrava a inflação e afeta o poder de compra da população. Setores dependentes de insumos importados também enfrentam desafios, com aumentos nos custos de produção.
Perspectivas e recomendações
O comportamento do dólar nos próximos meses dependerá de fatores como as medidas econômicas adotadas pelo governo brasileiro, as políticas monetárias do Banco Central e o cenário internacional, especialmente em relação aos juros nos Estados Unidos.