Com a economia ainda se mostrando instável, algumas empresas buscam o equilíbrio para as contas e, quase sempre, a primeira solução a ser cogitada é a redução do quadro de colaboradores. Mas será que esta é a melhor alternativa? O Administrador e Diretor da Escola Profissional Fundatec, Felipe Homem, indica outras soluções até chegar neste assunto tão delicado que é a demissão de funcionários.
“Existem diversas medidas a serem tomadas para as contas da empresa permanecerem positivas, como renegociar os contratos com fornecedores, analisar gastos recorrentes, buscar receitas em mercados ainda não explorados e até adaptar seu produto/serviço para um novo segmento”, Felipe ressalta que a demissão de pessoal sempre é a última alternativa na hora de reduzir custos.
Para o Diretor, o melhor momento de colocar essas estratégias em prática é o agora e não esperar por uma instabilidade financeira. “A gestão de custos é algo permanente e não só em momentos de escassez. As empresas relaxam quando estão com um caixa sadio. Trabalhar com um instrumento orçamentário é muito recomendado”, avalia.
Em um momento em que o desemprego recuou para 8,9% e atingiu 9,7 milhões de brasileiros em agosto deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as empresas devem avaliar o corte de funcionários para que este número não volte a crescer, já que para a economia continuar girando, é necessário que o cidadão tenha poder aquisitivo e poder de compra, fazendo com que os valores voltem para o mercado. “Corte de funcionários é uma medida extrema que deve ser avaliada com muito cuidado, pois pode impactar a vida de uma família. Além de resultar em despesas rescisórias de curto prazo para a empresa e se for em número maior de cortes, pode até causar uma crise de imagem”, comenta.
Pensando no corte de funcionários como um paliativo para um problema financeiro, essa não seria a melhor estratégia, porém quando não há receita suficiente para manter o caixa saudável, os cortes de pessoal podem ser inevitáveis. Há casos em que as empresas necessitam reformular o quadro de colaboradores, como ociosidade de produção/operação, baixo desempenho/produtividade da equipe, entre outros. “A reformulação pode ser feita de várias formas, entretanto deve-se entender antes os motivos para que isso aconteça”, finaliza Felipe.