A infecção provocada pelo Monkeypox virus, antes endêmica em partes do continente africano, agora é responsável por um surto que se espalha rápido na Europa e nas Américas, considerado uma emergência global pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 23 de julho.
No Brasil, da confirmação do primeiro caso, no dia 9 de junho, em São Paulo, até agora, já são mais de 1.700 pessoas infectadas.
Embora se trate de um vírus conhecido há décadas, com uma taxa de letalidade muito reduzida, o Monkeypox traz sérios transtornos aos infectados e pode gerar quadros graves em imunossuprimidos.
Cuidados básicos
Quando observamos os cuidados que devemos ter com a transmissão da doença, os especialistas recomendam que a proteção para a varíola dos macacos seja semelhante à da Covid-19. Dentro de transportes públicos e compartilhados, como ônibus, aplicativos de transportes e aviões, é muito importante manter bastante cuidado, como uso de máscara, álcool 70% nas mãos e, se possível, roupas cobertas.
O uso de roupas mais cobertas, como calças e blusas longas, também pode ser indicado.
Evolução da doença
O ciclo da varíola símia dura, em média, de duas a quatro semanas. Nos primeiros três dias, os sintomas são parecidos com os da gripe, da Covid e de outras infecções virais, como indisposição, dor de cabeça e febre, além de inchaço nos gânglios.
Em geral, é depois disso que aparecem as lesões na pele, inicialmente em forma de pequenas manchas vermelhas. No fim da doença, as feridas criam crostas e caem. Nos quadros mais graves, porém, o paciente pode desenvolver sintomas respiratórios ou infecções secundárias, provocadas por outros patógenos.
A transmissão ocorre durante todo esse período, da fase inicial à queda das lesões cutâneas, por isso a orientação para que o paciente fique isolado até o desaparecimento de todas as erupções. Também é necessário higienizar os objetos usados por ele.
Na imensa maioria dos casos, a doença é tratada com remédios que inibem os sintomas. No entanto, para os quadros graves, existe o antiviral tecovirimat, que será fornecido ao Brasil pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O Ministério da Saúde também anunciou recentemente a aquisição de 50 mil doses de vacina contra a varíola dos macacos, que devem chegar em setembro e outubro. Os imunizantes devem ser aplicados apenas em profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com alguém infectado.
Com informações da Folha de Pernambuco