Apesar de registrar queda no último ano, em comparação a 2021, o número de empresas que fornecem marmitas ainda é superior ao registrado em 2019, ano pré-pandemia. O levantamento foi feito pelo Sebrae.
Somente no ano passado, foram 80 mil registros de abertura de novas empresas.
Em número gerais, mais de 400 mil marmitarias estão em pleno funcionamento no país. Dessas, pouco mais de 298 mil unidades foram abertas nos últimos três anos, período da pandemia de covid-19.
O analista de competitividade do Sebrae Nacional, Luiz Rebelatto, considera que o cenário econômico e de empregabilidade trazido pela pandemia influenciou diretamente o setor: “A gente atribui, em um primeiro momento, o contexto da pandemia, que houve já uma aceleração de uma tendência que já se verificava anteriormente de praticidade (…) e para aquelas pessoas que não sabem cozinhar, ou não tem toda aquela habilidade ou até porque trabalham e não tem tempo para fazer o preparo, todos os dias”.
O número pode ser ainda maior, já que o levantamento considera apenas os empreendimentos que abriram ou formalizaram seu negócio.
Simone Andrade foi uma dessas empreendedoras. Após perder o emprego, ela viu na venda de sopas e caldos, que produzia apenas para consumo próprio, a oportunidade de um negócio. Com a pandemia, a demanda cresceu e ela viu a necessidade de formalização.
“Coloquei uma plaquinha ‘vende-se caldo. R$ 2 o copinho’ e comecei o meu negócio. Veio a expandir na pandemia. Foi onde eu entrei e conheci o empreendimento, que foi o MEI. Hoje não trabalho mais com educação infantil e estou só no meu negócio mesmo, no ramo de caldos”.
Assim como Simone, um outro estudo realizado também pelo Sebrae, entre 2021 e 2022, aponta que 87% das pessoas que empreenderam no setor de marmitarias são mulheres.