O Censo Demográfico 2022 do IBGE mostrou uma queda histórica na taxa de analfabetismo no Brasil, que atingiu 7% entre pessoas com 15 anos ou mais, a menor desde 1940. A taxa de alfabetização chegou a 93%, representando um avanço significativo nos últimos 12 anos. Apesar disso, 11,4 milhões de brasileiros ainda não sabem ler e escrever, sendo os idosos os mais afetados, com 20,3% de analfabetismo nessa faixa etária. Mulheres apresentam taxas de alfabetização superiores aos homens, exceto entre os idosos.
A desigualdade educacional persiste entre diferentes grupos raciais e regiões. Pretos (10,1%) e pardos (8,8%) têm taxas de analfabetismo mais que o dobro da dos brancos (4,3%), e a taxa entre indígenas é de 16,1%. Apesar dessas disparidades, houve uma redução das desigualdades raciais de 2010 a 2022. Regionalmente, o Nordeste apresenta a maior taxa de analfabetismo (14,2%), enquanto o Sul e Sudeste têm as maiores taxas de alfabetização, ambas acima de 96%.
A análise etária mostra que os jovens entre 15 e 19 anos têm a menor taxa de analfabetismo (1,5%), enquanto entre idosos com 65 anos ou mais, a taxa é de 20,3%. Municípios menores apresentam taxas mais altas de analfabetismo em comparação com grandes centros urbanos. Santa Catarina e o Distrito Federal lideram com as maiores taxas de alfabetização, enquanto Alagoas e Piauí têm as menores. Entre os indígenas, a taxa de alfabetização foi de 85% em 2022, com o Sudeste registrando a maior taxa (91,7%) e o Nordeste a menor (82%).
Alagoas registra maior redução de analfabetismo entre as UFs
O Censo 2022 revelou que 17,7% dos alagoanos com 15 anos ou mais são analfabetos, uma redução significativa em comparação aos 24,3% registrados no Censo 2010. Esta queda de 6,6 pontos percentuais representa o maior avanço entre todas as Unidades da Federação.
Os dados do IBGE mostram que o analfabetismo em Alagoas cresce com a idade, atingindo 45,59% entre aqueles com 65 anos ou mais, mais que o dobro da média nacional de 20,3% para essa faixa etária. No total, o estado possui mais de 426 mil pessoas não alfabetizadas.
A população preta em Alagoas apresenta a maior taxa de analfabetismo, com 23,5%. Em contraste, as taxas de alfabetização são mais altas entre as populações amarela (87,6%) e branca (85,5%).
*com informações da Jovem Pan e G1 Alagoas