Dados recentes mostram que, na maior parte dos estados do Nordeste, o número de famílias beneficiárias do Bolsa Família é maior do que o de trabalhadores formais com carteira assinada, apontando um cenário econômico desafiador para a região.
O levantamento, divulgado pelo Caged em 28 de maio, exclui o setor público e considera apenas empregos no setor privado. Em estados como Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão, o número de famílias que recebem o benefício social ultrapassa o total de empregos formais. O Maranhão apresenta o cenário mais crítico, com quase o dobro de beneficiários (1,23 milhão) em relação a trabalhadores com carteira assinada (666 mil). Apenas o Rio Grande do Norte registra mais empregos formais (539 mil) do que beneficiários do Bolsa Família (497 mil).
Esses dados evidenciam as dificuldades enfrentadas pelo mercado formal do trabalho na região, que ainda não consegue absorver plenamente a força de trabalho local. A dependência dos programas de transferência de renda permanece elevada, refletindo desafios econômicos e sociais significativos para grande parte da população nordestina.