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Ano de 2022 marca os 150 anos do primeiro recenseamento feito no país

O levantamento realizado pelo IBGE subsidia a formulação de políticas públicas e decisões governamentais
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Censo Demográfico de 2022, que terá início em agosto, marcará os 150 anos do primeiro recenseamento feito no país. A contagem da população brasileira começou ainda no Império, em 1872, com formulários de papel distribuídos por recenseadores montados em cavalos e burros. Em 2022, estarão em cena dispositivos móveis, como smartphones, para a coleta informatizada de dados em mais de 70 milhões de domicílios do país.

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Foi o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), criado em 1936, que fez oito dos 12 Censos realizados até hoje. As pesquisas anteriores foram comandadas pelo Diretório Geral de Estatística. Saber quantos são os brasileiros, como vivem e obter informações para auxiliar na formulação de políticas públicas, investimentos e distribuição de recursos federais entre estados e municípios são funções do Censo.

Desde o último Censo, realizado em 2010, o formulário de papel já foi totalmente substituído pela coleta de dados eletrônica por meio de um computador de mão. O questionário também pode ser respondido pela internet. Mais de 190 mil recenseadores visitaram 67,6 milhões de domicílios. Os primeiros resultados foram divulgados em dezembro do mesmo ano.

Mas o reflexo das grandes transformações pelas quais o mundo passou nos últimos 150 anos aparece não apenas no avanço tecnológico, mas também no retrato da população brasileira feito pelo Censo. Em 1872, quando o Brasil ainda era uma monarquia governada por Dom Pedro II, foram registrados 9.930.478 habitantes. A escravidão ainda existia e 70% da população era analfabeta. No Censo de 2010, a população do país era de 190.755.799 de habitantes. O percentual de famílias chefiadas por mulheres era de 37,3% e 10% dos mais ricos concentravam 44,5% da renda dos brasileiros.

Em 1872, o questionário aplicado era simples, mas de acordo com a realidade do momento. Se perguntava o nome do chefe da família, idade, sexo, estado civil, escolaridade, se a pessoa era livre ou escrava, religião, profissão e se tinha deficiência física aparente. Em 2022, o questionário básico a ser aplicado nos domicílios tem 26 perguntas sobre temas como as características dos domicílios, núcleo familiar, religião, nível de escolaridade, trabalho e rendimento.

Censo 2022

A partir do dia 1° de agosto, a sociedade começará responder ao Censo 2022 que vai visitar mais de 70 milhões de domicílios brasileiros dos 26 estados e do Distrito Federal. Mais de 200 mil pessoas estarão envolvidas nos trabalhos, sendo pouco mais de 180 mil recenseadores.

Os profissionais que vão às residências trabalharão uniformizados com boné e colete azul com a logomarca do IBGE. No colete, há também o crachá de identificação, com foto, e os números de matrícula e identidade do entrevistador. Eles utilizarão o Dispositivo Móvel de Coleta (DMC) de cor azul, semelhante a um smartphone, para registrar as informações.

Curiosidades sobre os levantamentos do Censo

A apuração dos dados do primeiro Censo, o de 1872, durou quatro anos. Os números consolidados renderam 26 volumes.

Em três ocasiões, conturbações políticas no país impediram que o levantamento fosse executado: 1880, 1910 e 1930.

O primeiro Censo do Brasil República ocorreu em 1890, com o questionário entregue ao chefe da casa 15 dias antes da data-base. Em alguns estados houve perdas dos boletins e, em outros, eles nem foram aplicados. Cinco anos depois da coleta de dados, nenhum estado do país havia sequer concluído as apurações.

Em 1940, quatro anos após sua criação, o IBGE teve a missão de organizar seu primeiro Censo. Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o tema “língua falada em casa” foi incluído. O temor era de que, em algumas regiões do país, só se estivesse falando em alemão, italiano ou japonês e, caso o Brasil entrasse em guerra contra os países do Eixo, poderia haver bolsões de possíveis rebeldias territoriais.

O Recenseamento Geral de 1960 foi o primeiro a usar a técnica de amostragem. O IBGE importou dos Estados Unidos um computador de grande porte para a apuração dos dados que foi chamado de “cérebro eletrônico”. Uma série de problemas fez com que o equipamento funcionasse parcialmente e os dados do Censo continuaram sendo somados a mão.

O Censo de 1980 foi o primeiro em que os resultados preliminares foram divulgados no mesmo ano de realização da pesquisa. Já no ano de 2000, um dos destaques do Censo foi a divulgação dos resultados em várias mídias, como CD-ROMs e DVDs contendo microdados.

Fonte: Governo do Brasil (Gov.br)

MaceióBrasil