Em uma quinta ação contra os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro, a Advocacia Geral da União pediu a Justiça Federal do Distrito Federal que os financiadores daquele episódio sejam condenados à pagar 100 milhões de reais por dano moral coletivo. São alvos desta ação 54 pessoas, três empresas, uma associação e um sindicato.
Todos já haviam sido alvo de outra ação por dano material, porque foram responsáveis por financiar o frete dos ônibus para os atos. Os ataques a democracia resultaram na depredação dos prédios que representam os poderes executivo, legislativo e judiciário, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Nesta nova ação, que pede indenização por dano moral coletivo, a AGU argumenta que, além dos danos materiais, houve violação a valores jurídicos superiores, a exemplo do Estado Democrático de Direito. No documento, a Advocacia Geral da União cita que os atos golpistas deixaram a sociedade em estado de choque e foram uma tentativa de quebrar o regime democrático ao negar a legitimação democrática do resultado das eleições presidenciais de 2022 e tentar impedir o exercício dos poderes constitucionais, a exemplos do governo eleito
No dia 8 de janeiro deste ano as sedes dos três poderes, em Brasília, foram atacadas e vandalizadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que não se reelegeu nas eleições de outubro. Após o pleito, milhares de bolsonaristas acamparam em frente à quartéis-generais de todo o país pedindo intervenção militar, contrários ao resultado das urnas.