O filme “Deus ainda é brasileiro”, do cineasta alagoano Cacá Diegues, vai ser inteiramente ambientado em Alagoas. As filmagens devem começar já no início de novembro, com cenas rodadas em Maceió e em Piranhas, no Sertão do estado.
Diegues explica que o novo filme não é uma continuação de “Deus é brasileiro”, longa de 2003 que também teve cenas gravadas em Alagoas e em outros estados do país.
“Prefiro dizer que ‘Deus Ainda é Brasileiro’ se trata de um spin-off, pois é um filme saído daqueles personagens, daquelas situações, mas não é uma continuação. Esse filme aborda um outro momento da nossa história, em que Deus retorna ao Brasil para tentar recuperar a esperança na humanidade. Eu costumo dizer que esse filme é uma comédia cívica, por causa do seu tom patriótico”, destaca o cineasta.
“Além disso, o filme convida o espectador a refletir sobre o nosso momento político e de que forma podemos contribuir para a política brasileira”, avalia Cacá Diegues.
O elenco contará com Antônio Fagundes novamente no papel de “Deus” e as atrizes alagoanas Ivana Iza, como Madá, e Laila Vieira, como Linda, a protagonista da história.
O longa está em fase de pré-produção. 70% dos profissionais que trabalharão no filme, incluindo produção e atores, serão alagoanos. De acordo com a produtora do filme, Paula Barreto, um dos objetivos é ajudar a movimentar a economia local.
“‘Deus Ainda é Brasileiro’ naturalmente vai concorrer a prêmios e participar de festivais internacionais, já que leva a assinatura de dois monstros do cinema nacional – Cacá Diegues e Luiz Carlos Barreto. Alagoas ganhará uma visibilidade muito estratégica com o longa, pois vai divulgar o destino Alagoas para o mundo por causa das locações incríveis que esse lugar oferece”, afirma Paula Barreto, produtora do filme.
Aos 80 anos, este será o 20º filme do cineasta alagoano Cacá Diegues. Nascido em Maceió, ele é considerado um dos líderes do Cinema Novo, juntamente com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade. Em agosto de 2018, o cineasta foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de número 7.