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Saiba como guardar remédios ou jogar fora os que estão em desuso

Descarte adequado evita impactos ambientais, como a contaminação do solo e das fontes de abastecimento de água
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Conservar medicamentos em casa exige cuidados, principalmente para manter a eficácia do remédio prescrito. Além de ler a bula, é fundamental estar atento ao prazo de validade e guardá-lo conforme orientado no documento.

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Uma das instruções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é não guardar na geladeira medicamentos que têm a recomendação de serem mantidos em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C). O contrário também é válido: não deixe sem refrigeração produtos que trazem essa orientação.

O consumidor deve ficar atento às instruções da bula sobre exposição à luz, temperaturas altas ou calor excessivo. O Ministério da Saúde reforça que o período e as dosagens de medicamentos prescritos pelo médico devem ser seguidos rigorosamente e o paciente deve evitar a automedicação.

Também não é recomendado, por exemplo, deixar os produtos dentro do banheiro ou em locais onde podem ser molhados ou sofrer ação da umidade. Os cuidados envolvem, ainda, não dividir comprimidos sem marcação (sulco) e não abrir aqueles que são revestidos por cápsulas.

O Ministério da Saúde enfatiza que os medicamentos devem ser deixados longe do alcance das crianças. Procure mantê-los em armários fechados e em locais mais altos.

Em caso de dúvidas, sempre procure um profissional de saúde ou um farmacêutico, o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do fabricante ou os canais de atendimento da Anvisa.

Descarte de remédios

O descarte inadequado de medicamentos é ruim para o meio ambiente e, consequentemente, para a saúde. Isso porque o despejo incorreto provoca a contaminação do solo e das águas, comprometendo a qualidade de vida.

O caminho correto do remédio vencido ou em desuso não é diretamente o lixo da cozinha ou do banheiro. Uma portaria de 2020 do Governo Federal regulamenta o descarte correto de medicamentos: drogarias e farmácias terão de disponibilizar e manter, em seus estabelecimentos, pelo menos um ponto fixo de recebimento a cada 10 mil habitantes.

No prazo de dois anos, todas as capitais do Brasil e os municípios com população superior a 500 mil habitantes serão contemplados com os pontos de coleta; e em até cinco anos, os municípios com população superior a 100 mil moradores.

A regulamentação também determina que, antes de enviar os recipientes, as farmácias devem registrar no Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos o peso dos produtos armazenados temporariamente.

Só no ano passado, mais de 3 mil pontos de coleta de medicamentos foram implantados no Brasil, fazendo com que 53 toneladas de remédios deixassem de ser descartados de maneira inadequada.

A população também pode buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa para tirar dúvidas sobre pontos de coleta, caso a própria UBS não o faça. O site da prefeitura do município também pode indicar se há locais de coleta para medicamentos.

MaceióBrasil