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Paralisia agitante: Doença de Parkinson também afeta jovens

Pessoas com menos de 60 anos podem sofrer com sintomas que as tornam incapacitantes
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Imagem: Imagem de Annick Vanblaere por Pixabay

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem Doença de Parkinson. No Brasil, a estimativa é de aproximadamente 200 mil pessoas com a doença. Mas o problema não é exclusivo dos mais idosos. Em todo o mundo são encontrados casos de pessoas com menos de 40 anos sofrendo com a chamada paralisia agitante.

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Segundo o coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia da Santa Casa de Maceió, Aldo Calaça, é importante entender o parkinsonismo. O termo é usado para descrever uma síndrome caracterizada por distúrbios dos movimentos. “A Doença de Parkinson é a forma mais comum de parkinsonismo, que se caracteriza por uma combinação de sintomas, tais como: tremor, rigidez, redução dos movimentos, perda dos reflexos posturais. Trata-se de uma doença degenerativa e que ocorre, em geral, na população com idade superior a 60 anos. Mas ela pode ocorrer em pessoas jovens, abaixo de 40 anos. Nesses casos, o prognóstico é mais grave e o controle da doença é mais difícil, pois o paciente pode ficar incapacitado de forma mais precoce”, disse o especialista.

A apresentação clínica inicial mais frequente são os tremores. Contudo, a sintomatologia pode variar e os pacientes podem apresentar distúrbios de marcha, câimbras, dificuldade para falar, fadiga, salivação em excesso, ou mudança na expressão fácil. “Alguns pacientes podem ter dificuldade para engolir, falar, e até escrever, quando a escrita fica com letras pequenas (micrografia). Nesse último caso, a pessoa assina um documento e os outros não reconhecem aquela assinatura”, disse Calaça.

O diagnóstico é clinico, a parir da história da doença atual do paciente, já que no Parkinson os exames de imagens não apresentam alterações significativas. Mas eles podem ser realizados para afastar outras causas de parkinsonismo. O tratamento inicial é medicamentoso e busca repor a perda da dopamina, substância produzida no tronco cerebral e que é reduzida com a morte dos neurônios que a fabricam. Em casos mais graves, alguns pacientes podem necessitar de procedimentos cirúrgicos para diminuir os sintomas, como a cirurgia ablativa (destruição) e a estimulação cerebral.

“É importante enfatizar que programas de reabilitação devem ser feitos associadamente ao tratamento clínico, como fisioterapia motora, terapia ocupacional, fonoaudiologia, assim como o tratamento psicológico, que é importante para o paciente e família diante das limitações que ele possa apresentar, e isso modifica o humor e o bem estar social, podendo gerar depressão”, ressaltou o neurocirurgião da Santa Casa de Maceió.

PREVENÇÃO – Estudos mostram que quem pessoas com Parkinson possuem um defeito genético em alguns cromossomos que se associam com proteínas, como a parkina. O aconselhamento genético pode evitar que casais com histórico familiar venham a ter filhos com o problema.

MaceióBrasil