É melhor prevenir do que remediar, já diz o ditado popular. E isso pode ser feito com dicas de saúde simples e básicas, mas que dependem muito de disciplina, conforme explica o médico Allan Vieira, que atua no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió.
“Com a correria do dia a dia, muitos cedem à má alimentação, sedentarismo, deixando de lado hábitos saudáveis. Mas é importante que façamos este questionamento: afinal, o que é preciso fazer para se manter saudável? Definitivamente o equilíbrio é a palavra para uma vida saudável e agradável”, ressaltou o médico.
Segundo ele, com equilíbrio na alimentação, na diversão, no trabalho e nas atividades físicas, a saúde só tem a agradecer. “Uma vida sem equilíbrio traz um futuro onde o preço a se pagar pode ser caro demais”, alertou.
O médico também ressaltou a importância do sono e da água na saúde do indivíduo. “Uma noite bem dormida, entre seis a oito horas de sono, revigora as energias, organiza a mente e o corpo para outro dia de atividades e diminuem a ansiedade e o estresse”, explicou.
A água é algo essencial para o corpo, segundo destaca o médico do HGE. “Precisamos de mais ou menos dois litros por dia para um correto funcionamento dos nossos órgãos. Desidratação pode até provocar internamento hospitalar de tão grave que pode ser!”, avisou.
Allan Vieira também advertiu para a acuidade com a higiene na manutenção da saúde, seja dos alimentos, das mãos, e o asseio diário. “Diversas doenças bacterianas e virais são transmitidas por meio da falta de higiene. Sabendo disso, a higienização é indispensável. E temos que lavar bem as mãos e os alimentos crus para que esses microorganismos não causem doenças em nós”, sentenciou.
Não ficar parado
De acordo com o especialista, a prática de uma atividade física diminui, consideravelmente, os índices de se desenvolver doenças sérias. “A atividade física melhora nosso sistema cardiovascular, diminui nosso colesterol, melhora pressão e glicemia. Dessa forma evitamos as principais doenças de hoje em dia, como o AVC [Acidente Vascular Cerebral], o infarto, a obesidade, diabetes e hipertensão”, enumerou.
A obesidade, por exemplo, segundo afirmou o médico, é uma doença que deve ser tratada de forma séria e eficaz. E o exercício físico contribui na cura. Um paciente, após anos de obesidade, aumenta o risco de AVC e infarto, consideravelmente.
“Nossa dieta está ligada diretamente com o futuro que queremos ter. Inclusive isso é reflexo da alimentação desde a infância. Lembrar que o objetivo não é apenas um valor na balança e sim um equilíbrio alimentar e de atividades físicas que refletem em saúde e em longevidade com qualidade”, ressaltou o especialista.
Allan Vieira lembrou, ainda, que a exposição aos raios solares deve ser observada. Isso porque ela ocorre independentemente de se estar fazendo sol ou em meio a um tempo nublado. “A radiação solar com o passar do tempo pode causar câncer de pele e, mais agudamente, a insolação. Por isso é fundamental o uso do protetor solar”, advertiu.
Para o médico do HGE, o protetor solar deve ser usado com sol, chuva ou mesmo dentro de casa. “Estamos expostos diariamente a exposição de raios ultravioletas nocivos à saúde da pele. E, independentemente do clima, estamos expostos a armadilhas diárias, como a iluminação artificial, computadores, celulares e o mormaço. Quem busca uma vida saudável deve fazer uso diário de protetor solar”, orientou.
O estresse, segundo o especialista, contribui para o aparecimento de doenças. Por isso, é importante dedicar tempo para fazer o que se gosta e trabalhar em algo que nos faz felizes. “Viver nesse quadro de tensão aumenta as chances de AVC e infarto. Sem contar que a qualidade de vida vai lá pra baixo!! A chave talvez seja buscar algo que te faça feliz diariamente, que sempre no fim do dia a balança seja positiva”, sugeriu.
Por fim, Allan Vieira recomendou que cada pessoa realize suas consultas periódicas e exames de rotina. “Isso é importante! Ter alguém em quem confiar para fazer seu acompanhamento. Dessa forma, evitamos ir ao médico apenas quando algo de ruim aparece e por vezes com diagnóstico muito tardio que dificulta o tratamento ou impede que ele possa ser feito”, pontuou.
De acordo com ele, pelo menos uma vez ao ano deve-se fazer a rotina laboratorial. “Verificando hemograma, colesterol, função renal. Outro item importante é a avaliação cardiovascular periódica com o especialista, principalmente para quem vai iniciar as atividades físicas”, completou.
